29 de jan. de 2013

Bareback (Prós e Contras)

Transar sem camisinha parece ser uma prática que só vem aumentando no sexo entre homens. O termo em inglês Bareback é específico para as relações sexuais (sexo anal) sem o uso de preservativos - traduzindo a palavra original quer dizer 'cavalgar sem sela'. Hoje, mesmo depois da ciência apontar as doenças sexualmente transmissíveis (DST), a aparente tranquilidade nos atuais tratamentos destas doenças venéreas, inclusive da AIDS, pode incentivar novos adeptos ao barebacking.

É certo que a camisinha somente se popularizou após a 'epidemia' de soropositivos na década de 80. Até então, as pessoas só temiam a gravidez, realizando o método anticoncepcional do coito interrompido. A partir do aparecimento de recorrentes casos de infecção mais grave (AIDS), os preservativos pareciam ser a única forma de evitar a então temida contaminação. Assim, as décadas seguintes, anos 90 e 2.000 seguiram como uma radical mudança no comportamento sexual da maioria das pessoas. No final dos anos 90, por exemplo, não era raro encontrar pessoas que se diziam 'assexuadas', no terror da doença sem cura. Os mais velhos, após a vida toda transando sem camisinha, também encontraram dificuldades nesta adaptação, e ganharam até uma campanha de Carnaval (2009) específica para eles. O aumento da incidência do HIV na população acima dos 50 anos crescia como em nenhuma outra faixa etária, de acordo com os dados da OMS (Organização Mundial da Saúde) e do Ministério da Saúde no Brasil. Para os mais jovens, o uso da camisinha parecia um assunto simples de lidar, com demonstrações e campanhas nos programas de TV, além do pressuposto de eles já iniciarem a vida sexual usando preservativos. Porém, já em 2005, estudos apontavam uma crescente prática em transar dispensando proteção, mesmo entre os jovens.

Em sentidos muitas vezes contrários, as campanhas de governo de prevenção à AIDS e outras DSTs passaram a ser vinculadas com frequencia na TV e em todos os outros meios de comunicação, junto com o aumento da liberação no comportamento das pessoas, do êxodo rural (com cada vez mais gente vivendo em metrópoles, e cada vez mais anônimas), e até com o sucesso de filmes pornográficos com o 'sêlo' Bareback, separados em uma nova categoria, e até o Papa dizendo que a camisinha só é aceitável em casos de prostituição. Uma grande confusão para os tempos de hoje: o que seria prostituição?

Uma pesquisa realizada pelo Departamento de Psicologia Aplicada da Universidade de Nova York (NY/ EUA) em 2005 tentava relacionar a prática do barebacking com outros tipos de comportamento (como o uso de drogas, por exemplo), além de faixa etária, situação sócio-econômica, fatores demográficos, familiares, estados psicossociais, etc, para avaliar entre homens gays e bissexuais a identidade de um barebacker. Em resumo, os resultados da pesquisa surpreendem:
  • Os homens que se identificaram como barebackers eram ligeiramente mais joves;
  • Os barebackers também são menos relapsos com a medicação (sendo os mais jovens, os mais propensos a esquecer de uma dosagem de medicamento ou cuidados com seringas descartáveis, por exemplo);
  • Os barebackers apresentam níveis mais elevados de compulsão sexual (isso não seria surpresa);
  • Entre os jovens também é menor a responsabilidade pessoal para o sexo seguro, seja como Ativo ou Passivo, e no Sexo Oral (com a maioria deixando ser sugado sem proteção, sendo o parceiro soropositivo ou não).
Na pesquisa, 27% dos entrevistados se identificaram como barebackers, enquanto 15,7% desconheciam o termo usado para a prática em transar sem camisinha. Em relação à faixa etária, em geral os barebackers são mais jovens que os não barebackers. Na entrevista, 69% dos barebackers relataram usar algum tipo de droga ilícita, contra 53% dos não barebackers. O uso de drogas injetáveis também tem maior ocorrência entre os praticantes de Barebacking, porém, em geral a preferência são as drogas 'recreativas' em relação às injetáveis. Analisando cada tipo de droga usada, maconha, cocaína, anfetaminas, inalantes nitratos, etc., o percentual de homens que se identificaram como barebackers era geralmente o dobro dos não barebackres. A combinação de sexo e drogas também é mais propensa aos que transam sem proteção, principalmente em clubes de sexo, inferninhos e festas.

Com relação ao método de prevenção, o uso da camisinha, é óbvio que os barebakers são menos preocupados com a obtenção de uma DST. Contudo, os não barebackers também não temem tanto a contaminação daquelas doenças de fácil tratamento. Em geral, todos pensam: 'uma injeção resolve, se eu pegar' ou, no caso dos mais jovens, "logo, logo, descobrem a vacina contra o HIV". Muitos soropositivos realizam o Barebacking com outros também infectados com o vírus, sendo uma minoria destes relatando relações com soronegativos.

Quem incentiva o Bareback como prática sexual alega que, devido aos avanços relacionados ao tratamento anti HIV (terapia anti-retroviral) e ao acesso a ele, em caso de contágio, sua qualidade de vida não sofreria qualquer tipo de impacto negativo, já que os medicamentos, ao inibir a reprodução do vírus e potencializar o sistema imunológico, impediria o surgimento de enfermidades oportunistas (AIDS). Outro aspecto positivo alegado pelos praticantes do Barebacking é que a ansiedade e a angústia frente ao possível contágio pelo HIV desaparece, uma vez que se sabem soropositivos e, sendo assim, a utilização do preservativo passaria a ser mera bobagem. Os grupos para a prática do Bareback são geralmente mistos (pessoas soropositivos e negativas), onde não se sabe quem vive com o vírus ou não. Alguns são exclusivos para soropositivos. No caso dos grupos mistos, alguns adeptos relatam que a possibilidade de seu parceiro ser soropositivo aumenta a adrenalina da relação, e que o contágio não seria relevante (pode ser um alivio, o fim da preocupação frente ao HIV e do uso do preservativo nas relações). Outros praticantes alegam que após constatado o contágio, se sentiram mais livres na prática sexual, além de perceberem um aumento significativo tanto no prazer como na satisfação e na performance sexual.

Por outro lado, o preservativo não é barreira de proteção somente para o HIV. Assim, o barebacker estaria exposto a outras DSTs e, algumas não são tão simples assim, podendo gerar internações, sequelas graves para a vida sexual do doente, e até a morte. Já os anti-retrovirais sozinhos não representam, nem são responsáveis pela qualidade de vida do individuo soropositivo, outros aspectos psicossociais importantes também operam. Sem adesão ao tratamento, dificilmente se obterá o distanciamento das doenças oportunistas. Além disso, o soropositivo, nas relações sexuais de alto risco, coloca-se na possibilidade de re-contágio do HIV, o que dificulta muito o tratamento. E os efeitos colaterais dos medicamentos a curto e largo prazo? Seria preocupação para os barebackers?

O Bareback surge nos Estados Unidos e Europa, locais que concentram os indivíduos economicamente mais favorecidos do mundo, com possibilidade de financiar seu próprio tratamento, exames, consultas médicas e internações. Além de contar com os melhores seguros sociais do planeta. Neste sentido, será que os praticantes do Bareback no Brasil podem contar com estas facilidades? Até quando a qualidade dos programas governamentais (atualmente um dos melhores do mundo contra a AIDS) poderá se manter e oferecer para toda a população soropositiva os anti-retrovirais, exames e consultas de modo funcional? Isso sem falar das hospitalizações e quantitativos de leitos disponíveis.

A prática do Barebacking pode também está relacionada com as motivações psicológicas que vão do sadismo ao masoquismo. A idealização de uma relação sexual mais livre, com um maior contato íntimo e afetivo poderia estar mascarando uma vontade suicida, que começa com o risco de contágio e continua com a doença propriamente dita, nos exames e consultas médicas, na busca mensal de medicamentos, nos efeitos colaterais, com impacto negativo na qualidade de vida do indivíduo.

É um assunto polêmico (nem vamos relacioná-lo com religião...), onde poucos dizem o que realmente fazem na realidade. Estudos como o que foi citado aqui encontram dificuldades na metodologia, no intuito de revelar dados verdadeiros e completos, em relação a veracidade dos relatos. Com o anonimato na Internet e nos lugares de diversão, percebemos que a realidade pode ser ainda bem diferente. Afinal, quem nunca foi direcionado a fazer sexo sem camisinha? O que fazer na hora? Esqueceu e vai assim mesmo? Ou, 'vamos deixar pra depois'?

7 comentários:

  1. Procuro uma suruba em bh

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  2. T afim de uma rola grossa cabicuda e grande sou casado q esperimentar cem frescura,995499521

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  3. estive ontem na Goitacazes 71 por volta das 13 horas e mamei pelos buracos uma rola morena até gozar muito gostosa, era uma rola lisinha foi muito bom.

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  4. Quero voltar esta semana na locadora para assistir um filme de travestis. Se pintar alguma rola bonita vou chupar.

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  5. qual melhor horário para frequentar a locadora? E lá pode entrar dois numa cabine?

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  6. Este blog deixou de ser atualizado???

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    1. O blog está menos atualizado mas continua ativo (ou passivo kkk)

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