24 de nov. de 2013

Homem tatuado

A arte da cicatriz

O tattoo (ou dermopigmentação) é uma das maneiras mais antigas e conhecidas para modificar o corpo, sendo cultuado no mundo todo. Seja um ritual tribal ou, mais moderno, urbano, distinguindo-se com marcas e desenhos na pele em relação a determinada cultura ou paixão. Assim, infinitas variações (temas) são possíveis para uma tatuagem, principalmente com a tecnologia atual que permite impor ainda mais toda a criatividade.

Tatuagem tribal do povo Pe'a da Samoa
Tecnicamente falando, a tatuagem é uma uma aplicação subcutânea, feita com a introdução de pigmentos por agulhas. Um procedimento que durante séculos foi irreversível. Porém, dependendo do caso, até as técnicas de remoção mais modernas podem deixar cicatrizes e variações de cor sobre a pele.

A principal motivação para quem cultua este tipo de experiência é de que a tatuagem é uma obra de arte viva, além de temporal, igual nossas vidas.

De acordo com diversas provas arqueológicas, as tatuagens já eram feitas no Egito (4000 - 2000 a.C), por nativos da Polinésia, Filipinas, Indonésia e Nova Zelândia (maori), com a prática ligada à religião na cultura desses povos.

A primeira represália contra a cultura tattoo veio com a Igreja Católica na Idade Média, que baniu a tatuagem da Europa, sendo proibida pelo Papa no ano de 787. A tatuagem era considerada uma prática demoníaca, sendo caracterizada como vandalismo no próprio corpo, espaço santo da doutrina cristã - o corpo de Cristo, o templo do Espirito Santo.

Já o termo tatuagem é do francês tatouage e, por sua vez, do inglês tattoo, com origem em línguas polinésias (taitiano) na palavra tatau, supondo-se com isso que todos os povos antigos do Pacífico possuíam a tradição da tatuagem, além dos mares do sul.

E o pai da palavra tattoo que conhecemos atualmente foi o capitão James Cook (também descobridor do surf), que escreveu em seu diário a palavra tattow, também conhecida como tatau (era o som feito durante a execução da tatuagem, em que se utilizavam ossos finos como agulhas e uma espécie de martelinho para introduzir a tinta na pele).

Com a circulação dos marinheiros ingleses, a tatuagem e a palavra tattoo entraram em contato com diversas outras civilizações pelo mundo. Mas, em 1879, o Governo da Inglaterra adotou a tatuagem como uma forma de identificação de criminosos, criando a conotação marginal para as tatuagens do ocidente.

Marujo tatuado, 1944
Por outro lado, nas prisões do mundo todo, a tatuagem moderna passou a ser uma forma de contato, nem que seja com o nome do amor gravado no punho, no lado esquerdo do peito, ou como marcas de máfias ou gangues, identificando fidelidade com um determinado grupo político e, ou social.

Antes disso, com a criação de um aparelho elétrico para fazer tatuagens, em 1891, por Samuel O'Reilly, durante a 2ª Guerra Mundial, a tatuagem foi bastante utilizada por soldados e marinheiros, que gravavam o nome da pessoa amada no corpo.

No Brasil, a tatuagem moderna, elétrica, surgiu nos anos 60 e, justamente, num porto, na cidade portuária de Santos. Ela foi introduzida pelo dinamarquês conhecido por Lucky Tattoo, que teve uma loja nas proximidades do cais, onde na época também era zona boêmia, com bares e prostituição.

Mais um ponto a favor para a marginalização da tatuagem. Na zona, era intensa a circulação de imigrantes nos navios, marinheiros, estivadores, bêbados, arruaceiros e envolvidos com drogas e prostitutas, endossando o estigma de coisa marginal por décadas. Só com a globalização e com as diferentes formas de tatuagem criadas ao longo dos anos que o tattoo passou a ser visto com menos preconceito - pelo menos, vai depender de como é a tatuagem! E atinge hoje todas as camadas sociais.

Por outro lado, além de moda ou modismo, a tatuagem pode ser também um fetiche, na fantasia em fazer sexo com alguém tatuado ou, dependendo da tatuagem, ter prazer tatuando o corpo, aliado com o exibicionismo em querer mostrar com orgulho as tattoos.

Até hoje é cultuado no mundo, tradicionalmente na Índia, a tatuagem feita com henna (ou rena), um corante árabe extraído da planta Lawsonia inermis. A pintura de henna faz parte do embelezamento das indianas, com padrões e desenhos para cerimônias especiais, como o casamento, por exemplo. Além de uma coloração limitada (tons terrosos), a henna não é uma tatuagem definitiva, saindo em uma semana.

A ideia da henna é mais próxima do nosso urucum. Os índios já usavam os pigmentos naturais para a criação de tintas para pintar o corpo, principalmente nos rituais. Uma das primeiras expressões de moda, ou uma segunda pele de tinta como peça de vestuário ou, além do embelezamento, uma proteção ao ambiente, definição de posição social ou protocolo para uma determinada função. A coloração azul, por exemplo, era obtida através do óleo essencial da camomila.

Zoombie Boy

Entre os famosos tatuados, o modelo canadense Rick Genest (foto), conhecido como Zoombie Boy, virou celebridade tatuando seu corpo todo, inclusive o rosto, simulando um cadáver ou uma visão de raio-x, com desenhos que parecem retratar seus músculos e esqueleto.

Em 2010, uma página no Facebook foi criada sobre a escolha bizarra de Rick por suas tatuagens, tendo mais de 1,5 milhão de membros. O resultado deu na descoberta por Nicola Formichetti, diretor de moda da cantora Lady Gaga, que colocou Zoombie no desfile da coleção masculina outono / inverno da Mugler como modelo principal. Veja o vídeo feito com Zoombie Boy, simulando como se ele não tivesse tatuagem:

Go Beyond The Cover: Behind the Scenes

Em relação aos temas, estes são infinitos e variam tanto quanto as personalidades dos tatuadores e tatuados. O contexto, o ambiente, a época, a cultura, as influências, moda, ideologias, crenças... serão determinantes para se fazer ou não (e como) uma tatuagem.

Considera-se um movimento complexo, variado, porém definitivo também na nossa história, desde sua origem até o uso contínuo na contemporaneidade - artístico ou não, sempre como forma de expressão.

A máfia japonesa Yakuza é a mais emblemática para a arte da tatuagem no Japão. São tatuagens coloridíssimas feitas no tronco até os punhos dos mafiosos, com desenhos belíssimos e técnica super refinada. Mesmo não pertencendo a nenhuma máfia, há aqueles que curtem a estética oriental dos dragões vermelhos e serpentes aquáticas coloridas, e tatuam boa parte do corpo como se o usasse como uma tela de pintura.

Para muitos adeptos, tatuagem é coisa séria, e realizam uma série de tatuagens no corpo. Hoje, é possível tatuar até os olhos! Assim como os bombados de academia, tem gente que dedica praticamente 100% do orçamento na construção de um belo corpo tatuado. Uma arte na própria pele, com alguns fazendo até projeto de execução - uma Body Art, a arte que utiliza o corpo do próprio artista como suporte e, ou meio de expressão.

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