Importante ressaltar logo de início que NÃO se trata de apologia ou incentivo ao uso de nenhum tipo de droga ilícita (ou lícita), até porque isso seria contra as nossas leis, que proíbem o uso e propaganda através da ilegalização do então narcotráfico. Mas a simples curiosidade e a grande quantidade de vídeos pornô com gente inalando um tal líquido volátil durante a foda, gera a questão: Que raio de troço é esse que os cabra tão cheirando?
De resto e cumprindo o papel informativo desta nossa abrangente temática, são apresentados também os efeitos e riscos de outras substâncias entorpecentes, igualmente utilizadas durante ou para potencializar o desempenho sexual, incluindo o ecstasy, uma droga sintética criada especialmente para a sex trip, bem como sobre o chemsex, a última moda do momento, entre diversas outras práticas afins.
A associação entre sexo e drogas parece ter suas origens antes mesmo das primeiras civilizações, quando diversos alucinógenos eram usadas nos cultos primitivos, na liturgia dos xamãs, juntamente com a importante e referencial posição de cacique e líder espiritual da tribo. Por sua vez, o sexo estava inserido em algumas destas cerimônias, também relacionado a divindades. Assim, ao longo da história, substâncias entorpecentes também eram usadas nestes festejos, muitas vezes substratos de pesquisas químico-científicas, inclusive fármacos, com objetivos distintos do uso recreativo, que é um dos principais interesses nos dias de hoje e há séculos. Ópio, cogumelos, absinto, éter e inclusive o álcool foram utilizados sistematicamente ao longo dos tempos, inicialmente na ideia de liberar o espírito para o contato com o místico, assim como o sexo, associado a partir de então também às fantasias eróticas e ao divino, desde os tempos mais remotos.
Mas vamos responder primeiro a pergunta que não quer calar, sobre um tal líquido, geralmente colocado em frascos de perfume, desodorante ou de remédio com conta-gotas, que recorrentemente aparece sendo inalado pelos players de vídeo pornô, inclusive atores de filmes profissionais:
Poppers! O que os atores pornô ficam cheirando durante as cenas, para se manterem excitados?
O nome desta droga é o chamado poppers, um tipo de nitrato (óxido nitroso) comercializado ilegalmente em forma de líquido e com efeito semelhante ao do lança-perfume. Sua substância ativa é o nitrito de amilo, um vaso dilatador, analgésico e relaxante muscular (especialmente do músculo liso). Isso facilitaria as relações sexuais, principalmente o coito anal ou o fisting (enfiar a mão e, ou braço) e a prática gagging (ou apenas gag, um boquete mais violento, onde o pau é engolido até a garganta - "escravo oral"), sendo assim bastante associado ao público gay. "Ele potencializa o prazer e suprime a dor, facilitando a penetração. Para os homossexuais é a melhor droga para o sexo", afirma um usuário regular.
Os nitratos são formas gasosas que, quando inalados causam analgesia, euforia, sedação leve e por vezes sintomas psicodélicos. Suas propriedades são conhecidas desde o século 18, quando então tornou-se um dos primeiros anestésicos da história da medicina - nesse período foi denominado "gás hilariante". Apesar de seguro quando utilizado com fins medicinais, o gás pode causar complicações quando utilizado fora do âmbito médico. Usuários pesados podem apresentar redução de vitamina B12, bem como acidentes durante o consumo, como sufocação e padrões de uso compulsivo.
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Também conhecido como incenso líquido, os poppers têm suas distinções se comparado ao lança-perfume, loló, a outros tipos de nitratos, clorofórmio (triclorometano) ou éter. Apesar de serem similares na forma de uso e efeitos, são substâncias bem diferentes. O poppers é um líquido feito de substâncias da família dos nitratos alquílicos e seu nome vem da época quando ele vinha numa ampola de vidro que fazia o barulho pop! quando quebrava para abrir. O termo ou gíria foi dado aos chamados nitritos de alquilo, estes que vem sendo inalados para fins recreativos, especialmente durante o sexo. A estética utilizada também se inspira na Arte Pop, com rótulos e peças publicitárias em HQ e suas clássicas onomatopeias: pop!
Vendidos principalmente em pequenos frascos, entre os concentrados mais vendidos tem o original composto nitrito de amilo (nitrito de isoamilo e nitrito de isopentilo), o ciclo-hexilo nitrito, o nitrato de isobutilo (metilpropilo nitrito) e o nitrito de isopropilo (propil nitrito). Já o isopropílico nitrito se tornou popular, devido à proibição de nitrito de isobutilo na União Europeia, em 2007.
Estas substâncias relaxantes e psicodélicas eram parte da cultura club dos anos 1970 (uma série de entrevistas realizadas no final desta década revelou um grande número de usuários), com suas discos, pubs e inferninhos até a década de 1980, as festas e boates dos anos 1990 e o delírio das raves dos dias de hoje. O uso na balada pode aumentar os efeitos da música e a sensação alucinada do ambiente e suas luzes, semelhante ao que propicia o efeito strobo.
Já a utilização entre gays (especialmente homens), público tradicional das pool party, começou como uma maneira de aumentar o prazer sexual, estendendo-se rapidamente a moda aos heterossexuais mais descolados, inclusive por conta de um marketing bem agressivo, semelhante aos comerciais de bebida destilada, aperitivos e cerveja, associando o álcool ao poder, à sensualidade e erotismo, e, direcionados ao público masculino, ao alto status de "pegador" - mais uma vez, ao sexo.
Nestas "festas para adultos" é comum presenciarmos a galera usando algum tipo de droga, nem que seja só 'cachaça'. No caso dos poppers, quando a pessoa está dançando ou fazendo sexo, os vapores são respirados geralmente pelo nariz (ou inalados pela boca através de um pano molhado - o produto não deve nunca ser engolido, pois isto pode parar o coração e matar!). E em alguns segundos depois de inalado, os poppers causam uma aceleração do sangue para o cérebro, o coração bate mais rápido e os músculos relaxam, fazendo com que o usuário tenha a sensação de estar mais excitado.
Fisting and poppers |
Mas são nos filmes e vídeos pornô que vemos os pornstars, entre profissionais e amadores, cheirando um tal vidrinho com um líquido, especialmente nas cenas e práticas de sexo extremo, hardcore, violento e com muito apetite ou sede de sexo.
Por consequência ou se espelhando no comportamento das 'pessoas reais', este modismo é constatado na night, bem como em festinhas privê (inclui cinema pornô, saunas, cabines eróticas, etc.), especialmente para a prática de sexo casual, com desconhecidos, swing e, ou surubas. Inalar nitritos relaxa os músculos lisos por todo o corpo, que são os que envolvem os vasos sanguíneos e, quando relaxados, faz com que eles se dilatam, resultando em uma diminuição imediata da pressão arterial. Assim, os nitritos de alquilo são muitas vezes utilizados coletivamente, especialmente durante sexo grupal, com objetivo de uma experiência sexual mais alucinante. Além disso, eles prometem facilitar a penetração anal, relaxando os músculos internos e externos do esfíncter, proporcionando uma melhor performance sexual.
No mercado pornográfico, onde o sexo fora do convencional e a subversão são nichos bastante apreciados pelo público masculino, o uso de substâncias como estas funcionam como coadjuvantes da cena erótica como todo, numa busca insaciável por cada vez mais prazer e recordes: ultrapassar os próprios limites, sendo aqui, com uma ajudinha química "nas ideias".
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Contudo, a dor de cabeça é o principal efeito colateral e, em contato com a pele, causa queimaduras (estas saem em alguns dias, lavando o local com água na hora e procurando assistência médica se entrar em contato com os olhos). Além disso, como somos suscetíveis às coisas em níveis diferentes, em algumas pessoas o poppers pode causar tontura e até perda da consciência. Não se pode descartar o fato de que os poppers são líquidos voláteis e inflamáveis, possuindo assim as mesmas advertências técnicas para o uso de éter, formol, acetona, álcool etílico, cola de sapateiro, lança-perfume e loló, entre outros combustíveis (!!), inclusive de mantê-los bem identificados, com rótulos para evitar acidentes por engano (apesar que seus odores são bem característicos), bem como deixá-los longe de isqueiros, brasas e calor excessivo.
Embora não seja considerado tão viciante quanto outras drogas, o uso crônico ou constante de poppers pode viciar ou, pelo menos, criar um hábito, ainda que quanto mais se usa, menor é o efeito - a sensibilidade, porém, volta depois de alguns dias sem usá-lo.
A mistura com outras drogas, como remédios do tipo Viagra (estimulante sexual para ereção) não é indicada, já que ambos diminuem a pressão sanguínea. Poppers, nitritos, e drogas similares (nitratos) são usadas por pessoas com problemas de coração. Porém, tomar azulzinho ou outro remédio junto com estes nitratos tem matado pessoas por causar uma queda fatal na pressão arterial. Ecstasy, speed, cocaína ou cristal, todas estas substâncias forçam o coração - tomá-las com poppers só vai estressá-lo ainda mais. Se você tiver pressão alta ou baixa, por exemplo, um problema no coração ou glaucoma (problema de pressão no olho), o uso é terminantemente contraindicado.
No Canadá, o poppers é totalmente proibido, qualquer formulação. Apesar de não ser considerado um narcótico e não ser ilegal a posse ou o uso, eles são considerados uma droga, sendo as vendas não autorizadas passíveis de punição como multas e prisão. Na União Europeia, desde 2007, o poppers foi reformulado, contendo nitrito isopropílico, sendo vendido no continente. Já a fórmula com isobutilo nitrito é proibida. Na França, a venda de produtos que contêm butil nitrito, nitrato pentilo, ou isómeros, foi proibida desde 1990, por se tratar de um produto perigoso para os consumidores. Em 2007, o governo francês estendeu a proibição a todos os nitritos de alquilo que não foram autorizados para venda como drogas. Depois de litígios por donos de sexshop e outros estabelecimentos do mercado sexual, esta extensão foi anulada pelo Conselho de Estado, alegando que o governo não tinha conseguido justificar essa proibição generalizada. De acordo com o tribunal, os riscos citados, relativo a acidentes raros, casos isolados, muitas vezes de uso anormal, deveriam contudo constar como advertências obrigatórias nas embalagens.
No Reino Unido, os poppers eram vendidos em clubes gays, bares, sexshop e lojas diversas, pela Internet e até nos shoppings. Mas também passou a ser ilegal sob o Medicines Act 1968 e, a fim de contornar isso, são geralmente vendidos como odorizantes. Já o Conselho Consultivo sobre o Abuso de Drogas de lá observou, em 2011, que poppers, ao invés de ser substância psicoativa ou legal hight, "começam a cair no âmbito de aplicação", em The Intoxicating Substances (Supply), lei de 1985.
Considerada a Droga do Amor Gay, o Poppers é proibido no Brasil, assim como seus assemelhados, lança-perfume, os solventes inalantes... Nessa categoria também estão incluídas as drogas baseadas em tolueno, como cola de sapateiro, fluído de isqueiro, gasolina, esmalte, etc. Porém, num consenso, além da maconha e do esctasy, o poppers é uma das drogas que mais afloram o apetite sexual, conforme os especialistas. Embora tenha seu uso apontado há décadas, o consumo em massa só veio a ser percebido por aqui em 2006, quando foi apreendido pela primeira vez em São Paulo a tal droga, com indícios de contrabando vindo do Canadá e de compras via Internet.
Na era moderna, o clima psicodélico parecia tomar conta do mundo, com o slogan "Paz e Amor", "Não faça guerra, faça amor", bem como as centenas de milhares de roqueiros, brows e hippies criados a base de muito "sexo, drogas e rock'n roll", ou ainda, na onda rastafári, com muito reggae.e trip hop ¹, tipo de som que ganhou este rótulo por dar sensação de estar "viajando na erva", na maconha ou no LSD (acid rock), no bom português, "música de doidão". Iniciava nesta época diversos questionamentos existenciais, numa expressão da liberação no comportamento das pessoas, especialmente durante e depois de grandes guerras e períodos de total repressão política e sexual, vividos inclusive na atualidade, na "viagem" do rock progressivo ou hip hop misturado ao reggae e outros estilos musicais - também sexy chill out ou música ambiente sensual para ouvir durante o sexo ou que combinam, sensualizam, lembram e inspiram eroticamente o ouvinte. A mistura entre trip hop e sexy chill out pode ser chamada de sex trip.
¹ Também chamado de "música de Bristol", em referência à cidade da Inglaterra, onde o gênero surgiu, (o trip hop) é música eletrônica em downtempo (lenta), marcada por downbeats (batidas desaceleradas, menos de 120 bpm) e pelo uso de instrumentos convencionais e acústicos, sendo essa uma característica importante, que acaba personalizando cada grupo e/ou artista. É uma música lenta, influenciada pelo Hip Hop no uso do scratch e das vozes, pela house, no uso dos boucles de frases musicais. Entre os estilos que mais influenciaram o Trip Hop estão: ambient, jazz, electropop, acid jazz, progressive rock, soul, funk, underground, reggae, dub e o uptime (como o trance e drum n' bass). Fonte: Wikipedia.org
Massive Attack - Live at Melt Music Festival (July 2010)
Um bom exemplo (e dica) deste estilo musical é a banda inglesa de trip hop Massive Attack, com pegada forte no indie rock (incluindo suas raízes no rock alternativo, no pós-punk e new wave) - uma autêntica sex trip. Formada na cidade de Bristol, berço do trip hop (ou música de Bristol), em 1988, cujos membros são 3D (Robert Del Naja) e Daddy G (Grant Marshall). Entre seus maiores sucessos estão as faixas Tear drop, Butterfly Caught, e a mais bombada delas, Angel, música tema da minissérie Verdades Secretas (Globo, 2015), que aliás mostrou um panorama nunca visto na teledramaturgia brasileira do consumo de drogas, incluindo o crack e as novidades do mercado como a água batizada e o uso do narguilé entre as club drugs - além de retratar, inclusive musicalmente, as preferência da galera fashionista, inclusive o clima trip das set list dos desfiles de moda.
Club Drugs
Club drugs é o grupo de drogas psicoativas, ganhando este nome por terem sido associadas nas discos e dance clubs dos anos 1970, atualmente em raves e festas com música eletrônica, sendo uma das diversas opções oferecidas nestes ambientes para chegar na total alucinação, ou como dizem os adeptos e usuários, "ficar bem loucão". Já o narguilé ou narguilê é uma espécie de cachimbo de vapor, com mangueirinhas para uso coletivo, de origem oriental, utilizado para fumar tabaco aromatizado. Além desses nomes, de origem persa, e de variantes como arguile , também é chamado de xixa, especialmente na África e em países de língua árabe, ou ainda hookah (na Índia e em outros países que falam inglês), entre outros nomes. Há variações regionais no formato e no funcionamento destes cachimbos d'água, mas o princípio comum é o fato de a fumaça passar pela água antes de chegar ao fumante. Tradicionalmente utilizados em muitos países do mundo, em especial no Norte da África, Oriente Médio e Sul da Ásia, têm se popularizado ultimamente no Ocidente (Europa e Américas), principalmente em festas alternativas, pool party ou raves.
Narguilé na minissérie Ligações Perigosas 2016, ambientada nos anos 1920 1930 |
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Outra droga citada em Verdades Secretas foi a água batizada, que consiste na diluição de GHB ² (gama-hidroxibutirato), utilizado como anestésico (GLB - gama-butirolactona) nos anos 1960, mas abandonado devido a efeitos indesejáveis. A substância também foi usada como suplemento alimentar entre fisiculturistas nos anos 1980 e como club drugs, desde os anos 1990. Incolor, é uma das drogas mais discretas, podendo se passar facilmente como uma simples garrafinha de água mineral, principalmente em locais onde se proíbe o uso de bebidas alcoólicas ou outras drogas, bem como para aqueles que não querem mostrar que estão se entorpecendo diante dos outros - digamos, chapando escondido, porém, em público.
² O GHB é uma substância sedativa do sistema nervoso central. Sua apresentação mais comum é na forma de sal (NaGHB ou KGHB).
As drogas também foram e são bastante usadas nas artes plásticas e visuais, numa experimentação e sério estudo do inconsciente psíquico (os surrealistas da década de 1920), do expressionismo abstrato, com diversos artistas expondo seus trabalhos e assumindo terem sido realizados após o uso de algum "tóxico".
Foto: Yellow Month (Autorretrato de Bryan Lewis Saunders)
O norte-americano Bryan Lewis Saunders (1969), por exemplo, queria testar como distintas drogas atuavam em sua arte, criando diversos autorretratos, cada um feito em um dia e sob o efeito de uma droga diferente, entre elas o haxixe, salvia divinorum, xanax, cocaína, oxycodone, meta anfetamina, morfina e até fluido para limpeza de computador (provavelmente um tipo de poppers).
Embora tenha seu consumo e, ou comercialização proibidos, algumas destas drogas têm seus defensores, no que diz respeito ao sexo sob efeito de algum tipo de entorpecente: álcool, maconha, exctasy, cocaína, ácidos (LSD), nitratos e até catuaba, entre tantas outras substâncias que agem no sistema nervoso central, causando simples embriaguez e, ou potencializando certos impulsos, inclusive sexuais, como é o caso dos Viagras, que não causam alucinação nem dão onda, mas que prometem manter a excitação em seu nível máximo.
Além da cultura etílica, com comerciais de cerveja ou outra bebida alcoólica a todo momento na TV e em todo canto, tradicionalmente a mais antiga parceria sexo / álcool, nas drogarias também é possível encontrar diversos produtos, de remédios ou suplementos a cosméticos, especialmente desenvolvidos para serem usados durante o sexo. Entre pílulas ou elixires para não "falhar na cama", o sexo vai se mostrando, em muitos momentos, realmente dependente dos bares e farmácias.
Álcool
Os botecos sempre tiveram intrínsecas as buscas sexuais tão quanto o consumo de bebida alcoólica, um outro prazer para acompanhar como aperitivo. Embora tenha sua milenar fama de um excelente incetivo para tornar a vida sexual mais atraente e corajosa, já que estudos apontam que o álcool ajuda a superar sentimentos de inadequação e, por isso, está associado a uma atividade sexual mais intensa e supostamente mais verdadeira (confessional), os benefícios não vão muito além de deixar o corpo relaxado e diminuir um pouco a inibição. Além disso, beber mais do que um ou dois drinques, dependendo do peso do corpo e do tipo de bebida, pode afetar a capacidade de sentir prazer, fazendo "brochar".
É a chamada "droga da coragem", com quase 80% dos jovens bebendo regularmente, ou um pouco mais do que a metade, 52% dos brasileiros já beberam pelo menos uma vez no último ano. A propósito, a propaganda do álcool, com comerciais e marketing ultra agressivos, geralmente associando machismo ou macheza, poder, mulheres gostosas e seminuas ("loira gelada"), feitas para atrair quase que exclusivamente o público masculino, apesar do quantitativo de mulheres que bebem cerveja ou chope seja igual ao dos homens. Elas só bebem mais vinho que os homens, mas, em contrapartida, eles bebem muito mais destilados, incluindo a tradicional bebida nacional cachaça, pinga ou Pitu, vendida em latinha de alumínio igual cerveja, mas é a marvarda, sendo os cachaceiros na maioria homens, 66%.
Playlist HomemRG on Youtube: Beijo Gay de Bêbado
No ranking das bebidas mais consumidas, a cerveja e o chope lideram com 61%, seguidos do vinho, 25% e destilados com 12%. Com uma variedade gigantesca de tipos de bebidas alcoólicas disponíveis no mercado, aguardente de todo o tipo, vinhos, licores, destilados, espumantes e cervejas, a disponibilidade de preço e facilidade de encontrar em qualquer botequim de esquina ou supermercado, também fazem com que o álcool seja consumido das camadas mais abastadas da sociedade até as mais miseráveis.
Ao fazer compras, repare que quase todos os carrinhos contêm fardos de cerveja em lata ou outro tipo de bebida alcoólica, sendo assim o álcool um item de "cesta básica" na nossa cultura, ainda que o seu consumo seja o mais nocivo e preocupante entre as drogas. O álcool mata mais de 3 milhões de pessoas por ano, mais do que a Aids, tuberculose e violência juntos (!!). Como se não bastasse, é a droga mais relacionada aos crimes de estupro, violência doméstica, infantil e brigas de rua, abandono de incapaz, além de causar 65% das mortes de trânsito - o Brasil é o 4º país em mortes causadas no trânsito e o 5º com estas mortes em decorrência do uso do álcool na direção. Assim, os dados levantados pela OMS (Organização Mundial de Saúde) concluem a emergência de políticas e intervenções para reduzirem a ingestão de bebidas, incluindo restrições à disponibilidade de produtos, aumento de preços e controle no mercado e na publicidade, haja vista que mesmo com todos estes efeitos contra a sociedade, o álcool não está entre as drogas ilícitas.
Misturas entre diferentes bebidas alcoólicas e sucos, frutas, sorvete, cremes, energéticos, antidepressivos, soníferos, relaxantes muscular, entre várias substâncias, inclusive jurubeba, raizadas, como nas tradicionais garrafadas, fazem do álcool a droga mais usada, praticamente por todo mundo. Coquetéis profissionais ou caseiros são associados também junto a outros entorpecentes, entre maconha, ácidos e especialmente a cocaína, que tem como um dos seus efeitos deixar a boca seca, além da ansiedade inclusive oral, em querer sempre ocupar a boca com drinques, cigarros, etc.
adolsentes gay mexicanos bêbados mamando
Nos bares, o acompanhamento são as porções de aperitivos ou tira-gosto, carnes, fritas, mandioca, queijos e frios, sendo estes substituídos por outras drogas nas festinhas trance. Aliás, a "música de corno" ou atualmente chamada de "sofrência", sempre trazem histórias de pinguços, bem como outros estilos musicais que mostram o álcool definitivamente como uma bengala aos nossos propósitos, principalmente se tratando de "sexo e rock'n roll", ainda que no formato de "música de corno".
Além do bebum, alcoólatras (doentes de alcoolismo; etilista), outra figura típica deste universo é o sexy barman, com profissionais em misturar aromas e paladares fazerem receitas de coquetéis tradicionais, sendo o mais famoso drinque a caipirinha, bem como fascinam muita gente com seus malabarismos com as coqueteleiras, em performances muitas vezes a base de pura sensualidade e erotismo. Aliás, sexo e álcool é uma dupla tão antiga quanto às primeiras civilizações. Dos bacanais, das festas e encontros religiosos ou simplesmente hedonistas, das zonas boêmias de qualquer lugar do mundo, até às festas mais top, ou no bom e velho botequim da esquina.
Contudo, há uma extensa lista dos prejuízos em transar embriagado, sendo alguns deles o fato de inibir o sistema nervoso, desidratação do corpo, dificuldade de ereção e de chegar ao orgasmo, bem como do risco (de qualquer droga) de acordar e alguém lhe dizer: "cu de bêbado não tem dono!" - se bem que tem uma galera que bebe já na intensão disso mesmo!
Fato é que o álcool esteve e está presente em quase todo canto e, dependendo dos comerciais de cerveja, em todo lugar, inclusive em festas infantis, para servir aos adultos, na balada, na hora do almoço dos peões, nas feiras e carnavais, nas comemorações (até religiosas) e feriados, no futebol, onde o torcedor bebe para comemorar a vitória do time ou para chorar sua derrota, bebendo de qualquer maneira, independente do resultado. É o lado empolgador da "cachaça", podendo acompanhar da farra à fossa.
Audrey Napoleon - Heineken, The Sunrise
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Maconha
A primeira revolução sexual é associada aos anos 1960, com o surgimento da pílula anticoncepcional, já prevendo com isso outros tantos desdobramentos políticos, sociais, comportamentais, de direitos igualitários e libertários, etc. Neste ínterim, entre os anos 1960 e 1970, os homens também passavam a deixar os cabelos crescerem, usar bolsa tiracolo, sandálias, peças e detalhes delicados no style, ou pelo menos antes usados apenas pelo público feminino, indicando que as coisas estavam mesmo mudado, inclusive com mais abertura para o sexo sem compromisso, seja na vibe hippie ou no underground hardcore, ou ainda que "careta" ou minimamente transgressor no tema sexualidade. Nesta época também chegava de forma definitiva o uso da maconha com intuito de libertação (Bob Marley) e também liberação sexual.
Os maconheiros garantem que a droga aumenta o apetite sexual, além da sensação de um orgasmo mais intenso, demorado e, claro, alucinante. Nesta hipótese, cientistas mexicanos do Centro de Investigação e Estudos Avançados (Cinvestav) do Instituto Politécnico Nacional (IPN), confirmaram que “pequenas doses de maconha estimulam sim o apetite sexual”. A anandamida, conhecida como a “substância da felicidade”, e produzida naturalmente no corpo humano, tem efeitos analgésicos, ansiolíticos e antidepressivos, semelhantes aos do THC (Tetrahydrocannabinol), o principal elemento psicoativo encontrada nas plantas do gênero Cannabis. Foram descobertos no nosso sistema nervoso receptores específicos para essa substância, que são os mesmo que recebem os canabinoides da famosa hempa dos baseados.
Segundo os pesquisadores, em pequenas doses, além da dilatação da pupila e dos olhos vermelhos, os endocanabinoides estimulam a atividade sexual, mas em dosagens excessivas, podem gerar efeito contrário: inibir o apetite sexual. A maconha é um relaxante muscular, onde tornaria o corpo mais sensível ao toque, aumentando as sensações de prazer. Logo, é possível ter um sexo mais "tântrico", estimulando as áreas erógenas e aproveitando o máximo da deleitação, mesmo antes da penetração em si, ainda nas preliminares - a vasodilatação ocorre devido ao relaxamento do músculo liso, presente nas paredes desses vasos, inclusive nos corpos cavernosos, responsáveis pela ereção, se enchendo de sangue.
Os pesquisadores descobriram também que casais que consomem maconha brigam menos que os outros. Eles chegaram a essa conclusão depois de analisarem os primeiros nove anos do casamento de 634 casais, entre aqueles que consumiam e os que não usavam maconha juntos, analisando as avaliações de violência interpessoal de cada indivíduo antes e após o casamento, a quantidade e frequência do uso desta droga, juntamente com as tendências antissociais de cada um. Eles concluíram também que, quando o homem fumava mais que sua parceira, ele era menos violento - isso aconteceu também no caso das mulheres, as que usavam mais maconha eram menos violentas com seus parceiros.
A alegação de que as relações sexuais ficam mais prazerosas sob o efeito da cannabis. pode ser por causa da maconha aumentar os níveis de dopamina no nosso cérebro, substância química natural, responsável pela sensação de prazer e bem estar, liberada principalmente durante a alimentação e o sexo.
Contudo, uma pesquisa da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp) atesta que a dupla sexo e droga é uma farsa, pelo simples fato da existência da segunda ser uma forte ameaça ao primeiro. No caso dos homens, mostram os dados coletados em 295 pacientes em tratamento por uso de maconha, crack, cocaína e álcool, os problemas relacionados ao desempenho sexual, como impotência e ejaculação precoce, apresentam-se com mais frequência. Os dados desta pesquisa, ainda preliminares, mostram que 47% dos usuários de drogas apresentam queixas de disfunção sexual, 14 pontos acima do índice de transtornos detectado na população em geral (33%, segundo levantamento do programa de sexualidade do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas).
Além de conviverem com mais problemas sexuais, 68% dos participantes afirmaram negligenciar o preservativo durante as relações sexuais – 41% não usam e 27% usam esporadicamente, sendo um passo arriscado em direção às DSTs, que também podem causar disfunção erétil e dor durante o coito, além de problemas ainda mais graves.
Antes porém, o haxixe, droga preparada com a resina segregada das inflorescências femininas do cânhamo (Cannabis sativa), cujo componente ativo também é o tetraidrocanabinol. Utilizado como entorpecente, ingerido ou fumado, o termo era utilizado antigamente como equivalente da maconha no Mediterrâneo Oriental. O haxixe ou erva seca se encontra difundido principalmente no oriente e norte da África, onde o consumo por parte dos árabes vem dos tempos mais antigos. Seus efeitos são semelhantes ao do uso da maconha, porém, considerado um pouco mais forte, ou seja, com os mesmos efeitos e mais intensos.
Bad trip
Por outro lado, as drogas usadas para melhorar o sexo não são um fenômeno novo na cultura mundial. É possível ouvir a respeito em músicas, assistir cenas em milhares de filmes, e sempre tem alguém testemunhando o lado bom de transar sob efeito dessas substâncias, principalmente quando todos os envolvidos estão na onda de um mesmo narcótico, na mesma sintonia. Esses encontros podem parecer excitantes, e até surreais a princípio, porém não raro eles podem causar danos bastante reais e graves à saúde ou causarem experiências totalmente frustrantes e indesejadas.
Vale lembrar que as drogas podem funcionar de forma diferente entre cada indivíduo. Para muitos elas podem cumprir a tal "viagem colorida" prometida, mas para outros, apenas não causam nenhum efeito aparente ou até mesmo gerando o que é chamado de bad trip e suas sensações desagradáveis (fisiológicas e psicológicas), como tonturas, náuseas e vômitos, diarreia, pânico, provocadas pelo uso de substâncias psicoativas e durante seus efeitos psicotrópicos - manipulando funções cerebrais, as drogas liberam hormônios no organismo de uma maneira desregulada, não sendo tão raros assim os casos de gente que simplesmente cai dura logo após o uso de alguma destas substâncias, sem nem dar chances a qualquer socorro médico, indo a óbito por overdose ou reações fatais geradas com este consumo.
Assim, ainda no mundo do entretenimento "sexo, drogas e rock'n roll", há uma lista extensa de nomes de celebridades pop, que nos deixaram precocemente por conta das drogas, muitos antes de completarem 30 ou 40 anos de idade ou em pleno auge da fama e carreira. Aliás, os problemas com a vida de sucesso, badalada, o stress e fadiga com as multitarefas que o ofício exige, e com a pressão da opinião pública que os famosos enfrentam, além de lidarem com a vaidade e com o fracasso, aliado à facilidade econômica para conseguirem tais substâncias ilícitas para uso como remédio, suplemento ou entorpecente, é uma das causas associadas a estas mortes. Entre elas, a Dorothy do Mágico de Oz, Judy Garland, o Batman - Cavaleiro das Trevas, Heath Ledger, Cory Monteith (Glee), Marilyn Monroe, River Phoenix, os gigantes entre os astros e estrelas da música Whitney Houston, Amy Winehouse, Michael Jackson, Janes Joplin, Jimi Hendrix, Jim Morrison (The Doors), Kurt Cobain (Nirvana), bem como os brasileiros Elis Regina e Chorão (Charlie Brown Jr), inclusive sendo na maior parte dos casos, a combinação de drogas, álcool e medicamentos diversos, revelando a fragilidade diante da fama e do vício, mesmo havendo supostamente total condições para bancar um tratamento.
Nos mercados populares, é comum a venda de ervas e garrafadas que, entre outras curas, prometem solucionar problemas de impotência sexual. Entre as opções, tem até uma suposta receita base de garrafada indígena, com aguardente, ervas medicinais como eucalipto, barbatimão e carqueja, sendo enterrada por 20 dias e depois coada, descartando o bagaço. Estas ervas variam de acordo com o objetivo da garrafada. Assim como as essências e perfumes para banhos, indicadas como feitiços para diversas finalidades - "Chama Marido", "Chama Dinheiro", afrodisíacos, etc."
Para o aumento do apetite sexual, são indicadas a marapuama, planta afrodisíaca da Amazônia que promete aumentar a libido, inclusive o orgasmo feminino, a Ginkgo biloba, conhecida por impulsionar todas as funções sexuais, da excitação ao clímax, disponível na forma de chá ou em cápsulas, o Ginseng siberiano, que age no hipotálamo, regulando a liberação dos hormônios sexuais, a noz-de-cola, que contém xantinas, uma substância que alivia a fadiga, permitindo que o corpo reponha os hormônios sexuais, rejuvenescendo o organismo e aumentando assim a energia sexual, a salsaparrilha, com compostos que imitam a ação de alguns hormônios, usada como tônico e indicada para revigorar o sistema reprodutor masculino. Já a garrafada cigana, bastante conhecida entre os adeptos, possui em sua composição cravo da índia, gengibre, maçã, canela em pau, limão galego, raiz de alface, ovo de pata, uvas verdes, marmelada, além de vinho e até miolo de pão. Lembra até os feitiços de bruxaria, com ingredientes provindos do pântano indo um a um para o caldeirão da bruxa, mas há quem garante que são "tiro-e-queda", ou melhor, 'gole e pau duro'.
Embora estas ervas possuírem comprovações científicas do poder de seus componentes, não há um controle quanto à quantidade exata de cada reagente e para cada caso. Além disso, a tradição das garrafadas é também empregadas com rezas e simpatias, mandingas como o dia e horário certo para tomá-las, etc., distanciando-se assim da exatidão científica - proveniente do costume e cura indígena e do sincretismo religioso, que, por sua vez, resume nossa própria cultura (as vertentes afro e européia também possuem na suas origens esta mistura entre crenças místicas e ciência acadêmica).
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Cocaína
O uso entre amigos ou coletivo nas festas e baladas costuma ser no famoso banheirão, onde nunca se sabe, ao ver dois homens saindo da cabine, se o que rolava lá dentro era sexo ou droga, ou as duas coisas ao mesmo tempo.
Com relação à cocaína, muitos defendem o pressuposto de que drogas que alteram a mente não possuem nenhum lado positivo, nem mesmo durante o sexo. Apesar de ser amplamente considerada um afrodisíaco, a famosa Cacaine de Eric Clapton, na verdade, compromete as funções sexuais em usuários crônicos. A “loucura” que é sentida quando se cheira acontece porque ela bloqueia certas mensagens químicas enviadas pelos neurotransmissores do cérebro. O acúmulo excessivo dessas substâncias é que vai deixar quem faz uso "ligadão".
Entre os efeitos, a cocaína acelera os batimentos cardíacos, destrói vasos sanguíneos cerebrais, priva certas partes do corpo de oxigênio e prejudica os pulmões. Entre os que defendem ou não a associação com o sexo, há quem garante ficar mais empolgado, excitado e em todos os sentidos, mas tem também os que a consideram como um potente brochante, impedindo a mais branda ereção. É o que sempre se diz sobre as reações em cada organismo ou situação, haja vista que a cocaína geralmente não é usada sozinha, misturando-se com álcool que, este sim, tem fama de fazer brochar até os mais vigorosos garanhões.
SNORTING COKE OFF ASS
Também a sensação ilusória de estar pensando de forma muito acelerada com relação ao redor, num estado de extrema ansiedade, pode não estar condizente com a real disposição e condições físicas. Assim, se o usuário já está exausto e usa a cocaína para "ficar ligado", como fazem muitos caminhoneiros, médicos e enfermeiros plantonistas para superarem longas jornadas de trabalho, se havia algum componente para aumentar a libido, esta pode não querer responder diante tal fadiga física. Neste sentido, as relações sexuais associadas com o uso de cocaína são geralmente mais violentas, principalmente quando não há ereção, com o usuário e parceiro sexual tendo que se valer de outros métodos eróticos e sexuais para satisfazer sua excitação mental excessiva.
Heroína
Em entrevista à revista alemã DW, o autor de um livro sobre uso de drogas na 2ª Guerra afirma que o mais famoso ditador, Adolf Hitler, tomava esteroides e uma substância equivalente a heroína, enquanto soldados também se dopavam com o que hoje é conhecido como crystal meth. Segundo o escritor e jornalista Norman Ohler, eles se drogavam sistematicamente: "Os soldados alemães usavam Pervitin, um produto que contém metanfetamina, o que é hoje conhecido como crystal meth. Hitler aplicava esteroides na corrente sanguínea. E, mais tarde, usou Eukodal, produto farmacêutico que se aproxima da heroína". Esta, por sua vez, é uma droga altamente viciante, classificada como um opiáceo.
Originalmente criada para tratar viciados em morfina, logo a heroína mostrou que também tinha propriedades que causavam dependência. Dizem que ela melhora o sexo de qualquer usuário (!!). Alguns já descreveram que a sensação é de andar por aí tendo orgasmos perpétuos, daqueles que começam no centro da barriga, passa pela espinha dorsal, relaxando todo o corpo, diferente do 'orgasmo ejaculatório', sentido apenas na região genital durante os espasmos da gozada.
Trainspotting - Sem Limites, filme de 1996 |
No início de julho, o Google liberou o código de seu algoritmo que transforma fotos comuns em incríveis imagens psicodélicas, semelhantes à onda dos ácidos, heroína e alguns tipos de cogumelos. Desde então, usuários de todo o mundo puderam criar "seres coloridos que viajam pelo universo, fazendo figuras fantásticas se reunirem às estrelas do céu e desenhando cenas que parecem saídas de uma viagem alucinógena".
De acordo com os desenvolvedores da empresa, as imagens são feitas por meio de um projeto de inteligência artificial que tem um algoritmo com uma estrutura semelhante às redes neurais do cérebro. Ele trabalha enfatizando alguma característica da foto, repetindo-a diversas vezes, e assim proporcionando imagens que parecem saídas de sonhos. Por serem feitas no "cérebro" dos computadores, as imagens foram consideradas como os "sonhos" dos robôs. Mas, e se estes forem sonhos eróticos?
Veja mais:
Os sonhos psicodélicos e pornográficos do Google::
Ecstasy, viagras e LSD
No geral, a fama desta "droga sexual" tem origem nos seus efeitos, que tornam o indivíduo "supersensitivo". A sensação de cada toque, beijo ou abraço é incrivelmente ampliada. O que muitos não percebem, porém, é que não é muito difícil entrar em overdose com ela. O ecstasy fornece uma quantidade anormal de energia, fazendo com que o usuário exija mais do seu corpo do que ele pode aguentar. Como é liberado todas as endorfinas (hormônios responsáveis pelo prazer) de uma só vez, quem usa acaba não se dando conta de imediato do que ela é capaz de fazer. A substância eleva a temperatura corporal e o deixa completamente desidratado, o que eventualmente gera problemas irreversíveis, como a falência dos rins, bem como sem todas aquelas endorfinas liberadas no sistema nervoso, a mente pode ser afetada por longos períodos de depressão (por abstinência).
Entre as associações de drogas, o trimix é uma bomba sexual que mistura Viagra, ecstasy (MDMA - metilenodioximetanfetamina, derivado de anfetamina) e LSD (ácido lisérgico), triturados e condensados em uma cápsula, sendo assim uma receita bombástica para aumentar a euforia e o prazer sexual. Sensações positivas, que podem porém ser ameaçadas pelo risco do usuário sofrer de depressão, danos cardíacos e até a própria impotência. O trimix também é caracterizado pela solução de injeção Trimix, como parte de um terapia à disfunção erétil grave, aplicada direto no pênis, em pacientes específicos que não se adaptaram aos efeitos de medicamentos do tipo Viagra, Cialis, etc.
Conhecida como a droga do amor, o ecstasy tem como efeito principal aumentar a sensibilidade e, segundo muitos usuários, o desejo sexual. "Porém, quanto mais freqüentemente a pessoa toma a droga menos sentirá seus efeitos, e é aí que entra o Viagra", conta o psicólogo Murilo Battisti, autor de um estudo sobre o uso do ecstasy em São Paulo, confirmando o risco iminente de impotência sexual. Além disso, o E, como o ecstasy também é conhecido, tem efeitos imprevisíveis em relação ao sexo.
Via de regra, o ecstasy torna as pessoas ao redor mais sensuais e interessantes aos olhos do usuário. Mas no momento da relação sexual não existe consenso, a substância tanto pode melhorar o ato, alterando o sensorial, o tato e a excitação, quanto pode piorar tudo isso, causando uma impotência temporária. O Viagra, nesse contexto, serve como uma garantia de uma boa performance. A mistura pode resultar no efeito sexual desejado, mas sobrecarrega demais o coração, podendo causar parada cardíaca.
Há ainda a popularização da mistura de Viagra com álcool. Como ambos dilatam os vasos sanguíneos, o coquetel aumenta ainda mais a capacidade de ereção do homem, mas pode causar queda de pressão e fortes dores de cabeça. É justamente por isso que os médicos recomendam consumo moderado de bebidas alcoólicas para pacientes usuários de remédios que combatem disfunção erétil.
No atual perfil ³ dos usuários de ecstasy, 93% o utilizam com outras drogas psicoativas, como maconha, cocaína, LSD e anfetamina, 61% consomem uma vez por semana e 79% o fazem em ambientes ligados ao lazer noturno. ³ Fonte: Stella Pereira de Almeida e Maria Teresa Araújo Silva, do Instituto de Psicologia da USP.
Boquete Pegação na Rave - Carnaval Floripa
A ideia inicial é a mais pura e instintiva relação, embrionária até, entre boca e ânus, comer e "comer", ou fome e tesão. Banquetes e festas em grande estilo eram realizadas antes mesmo das primeiras civilizações, no mundo ainda tribal e praticamente pré-histórico, na única missão de celebrar os próprios prazeres: comes e bebes e liberação sexual. Cientificamente, é a hipófise, uma glândula endócrina, de múltiplas funções, localizada na parte inferior do cérebro que, entre outras coisas, regula a atividade de outras glândulas, como a tireoide e a suprarrenal. No caso da tireoide, diversos fatores relacionados ao apetite sexual e alimentar, são controlados ou até podem ser reajustados através do tratamento clínico das possíveis disfuncionalidades desta glândula.
Numa breve olhada sobre a história das drogas, certamente podemos dizer que elas sempre fizeram parte da vida humana, seja como sublimação, remédio, terapia, diversão ou veneno, entre inúmeras atribuições que, ao longo dos séculos, foram dadas aos psicotrópicos. Na gíria gay, fazer sexo pode ser "fazer um baco", referindo-se a um dos mais antigos mitos da história, onde a embriaguez e os excessos humanos já eram representados pelo lendário Deus Baco, deus do vinho, da ebriedade, dos excessos, especialmente sexuais, e da natureza. Príapo era um de seus companheiros inseparáveis, de acordo com a mitologia romana, inspirada neste caso no mito grego Dionísio. As festas em sua homenagem eram chamadas de bacanais, ainda que a percepção contemporânea de que tais eventos eram "bacanais" mesmo, no sentido moderno do termo, orgias, seja motivo de controvérsias.
A pantera, o cântaro, a vinha e um cacho de uvas são seus símbolos, trazendo por sua vez o entorpecente vinho, comentado em diversas pinturas antigas, na literatura e nos contos do passado, já presente nas festanças, festejos e cerimônias mistico-religiosas, oferecido aos deuses e à alma. Juntamente com a cor vermelha do sangue, o vinho e suas propriedades alcoólicas formam um dos mais arcaicos acompanhantes do sexo ou bebida erótica / afrodisíaca, seja para a "caça" até as preliminares, deixando a "presa" mais relaxada ou bebendo para se soltar, se encorajar ou, ainda, ter mais vigor físico durante o sexo.
Há cerca de 5 mil anos, uma tribo de pigmeus do centro da África, ao saírem para caçar, descobriram a iboga, ao notaram o estranho comportamento de javalis que comiam a tal planta. Os animais ficavam mansos ou andavam desorientados. Resolvendo então experimentar aquele arbusto, um dos tribais comeu e gostou. Recomendou para outros na tribo, que também adoraram a sensação de entorpecimento. Logo, um curandeiro avisou: havia uma divindade dentro da planta. E os nativos passaram a venerar o arbusto e começaram a fazer rituais que se espalharam por outras tribos (e são feitos até hoje). A árvore Tabernanthe iboga, conhecida por iboga, é usada para fins lisérgicos em cerimônias primitivas no Gabão, Angola, Guiné e Camarões.
Banquete - Mosaico romano |
Podemos imaginar também outro homem, um dos hiperdesenvolvidos maias ou astecas, depois de ter mastigado alguns pedaços do cacto amargo e nauseante, deitando-se à sombra de um arbusto para descansar e, de repente, sentir-se rodeado de visões fantásticas, que se apresentavam em formas, cores e até perfumes, com os quais jamais havia sonhado. Certamente, foi alguém assim que, ao chegar de volta na tribo, narrava a prodigiosa descoberta: a existência de uma divindade (força ou poder místico) em determinado tipo de cacto, cuja polpa tinha o dom de colocar aquele que a comesse no limiar de um mundo paradisíaco.
É que cerca de 10% das mais de 50 espécies de cacto também têm propriedades alucinógenas. A mais conhecida é a Lophophora williamsi, o "cacto sagrado", que brota em desertos no sul dos EUA e norte do México nos cactos conhecidos por peiote. Eles são usados em rituais há 3 mil anos, onde cerca de 50 comunidades indígenas os consideram sagrados. Os huichois, do norte do México, chegam a fazer uma peregrinação anual de mais de 400 km para colhê-la. Quando a encontram, fazem outro ritual: em silêncio, agem como se estivessem diante de um cervo, até lançarem uma flecha na planta. Quando voltam com o peiote para a tribo, organizam rituais e celebrações sob efeito da droga. A perseguição ao uso do cacto começou com a conquista pelos espanhóis. Para os cristãos, o peiote era associado aos sangrentos rituais astecas e a planta foi condenada como “raiz diabólica”. Em 29 de julho de 1620 o peiote foi finalmente denunciado como ato de superstição.
O historiador grego Heródoto anotou, em 450 a.C., que a Cannabis sativa, planta da maconha, era queimada em saunas para "dar barato" nos frequentadores: “O banho de vapor dava um gozo tão intenso que arrancava gritos de alegria" - ilustrando o uso destes tipos de substâncias, incluindo o haxixe e o fumo (tabaco), além do já citado vinho, entre as drogas mais antigas.
Assim, a Cannabis sativa, originária da Ásia Central, é consumida há mais de 10 mil anos. Os primeiros sinais de uso medicinal do cânhamo, outro nome da planta, datam de 2.300 a.C., na China, numa lista de fármacos chamada Pen Ts’ao Ching – um estudo encomendado pelo imperador Chen Nong (a maconha servia tanto para prisão de ventre como para problemas de menstruação). Já na
Índia, por volta de 2.000 a.C., a cannabis era considerada sagrada.
A planta apareceu no Brasil com os escravos africanos, que a usavam em ritos religiosos. O sociólogo Gilberto Freyre anotou isso no clássico Casa Grande & Senzala, de 1933: “Já fumei macumba, como é conhecida na Bahia. Produz a impressão de quem volta cansado de um baile, mas com a música nos ouvidos”. No país, até 1905, podia-se comprar uma marca de cigarros chamada
Índios. Era maconha com tabaco, exibindo na caixa um aviso curioso: “Servem para combater asma, insônia e catarros”.
No século 19, a erva foi receitada até para a rainha inglesa Vitória. Ela fez um tratamento à base de maconha contra cólicas menstruais, indicado pelo médico do palácio. Hoje, há uma cultura em torno da droga que se mantém com revistas especializadas, sites e ONGs defendendo seu uso. A maconha tem até torneio anual, na Holanda: a Cannabis Cup, que avalia a qualidade da droga de todos os continentes. Por aqui, aliás, não se permite o comércio livre da erva, que é vendida em alguns países, como na Holanda, em coffee shops, com o limite por pessoa de 5 gramas, o suficiente para 5 baseados.
Índios da bacia Amazônica tomam a ayahuasca alucinógeno há mais de 4 mil anos – um hábito que chamou a atenção dos colonizadores portugueses e espanhóis, assim que eles desembarcaram por aqui, no século 16. Ao chegarem na região, padres jesuítas escreveram sobre o chá como “poção diabólica”, bem como sobre as cerimônias que os indígenas realizavam depois de consumir o ayahuasca. Durante todo esse tempo, a bebida provavelmente teve a mesma receita: um cozido à base de pedaços do cipó Banisteriopsis caapi, empregado também na liturgia do Santo-Daime, servido como chá purificador e para o contato com o divino, semelhante às cerimônias eucarísticas, com distribuição de hóstias para ingestão.
Straight guy lets loose at first gay orgy
Tem também os cogumelos, com cerca de 30 mil tipos pelo mundo e 70 com capacidade de provocar "viagens alucinantes". São os cogumelos alucinógenos, com alcalóides que, quando ingeridos, dão o tal barato. Um segredo, aliás, há tempos conhecido pelo homem. Há 5 mil anos atrás o cogumelo Amanita muscaria já era colhido ao pé de carvalhos no norte da Europa e na Sibéria. Quando não o encontravam, os nativos da região bebiam até a urina de renas que comiam o cogumelo, em busca do efeito entorpecente. No Império Romano, o cogumelo utilizado era outro, o caesarea, consumido com vinho em festas que terminavam em orgias.
Outra espécie, Claviceps pupurea, que nasce de parasitas do centeio, fez sucesso por acaso em regiões da Itália durante a Idade Média. Em algumas aldeias, os pães eram feitos com farinha do centeio onde o fungo crescia. Sob o efeito do cogumelo, as pessoas dançavam sem parar nas festas. Os sábios, que não sabiam que era o pão que dava a onda, diziam que a euforia era causada pela picada de uma aranha. Deram assim a essa sensação o nome de “tarantismo” (de tarântula) - dessas festas teria surgido uma dança famosa, a tarantela. No hemisfério sul, a variedade mais comum de cogumelos é o psilocybe que nasce nas fezes do gado. A mesma espécie aparece na América Central, onde arqueólogos encontraram esculturas em forma de cogumelo misturadas com figuras humanas, datadas de 500 a.C. e estão presentes em El Salvador, Guatemala e México.
Até a moderna cocaína tem seus antecedentes neste passado mais distante. Quando chegaram à América, os espanhóis perceberam que os índios da região tinham adoração pela folha da coca e, pragmáticos, passaram a distribuí-la aos escravos para estimular o trabalho. Acontece que os senhores brancos também tomaram gosto pela coisa, fazendo aquelas folhas pararem na Europa. No Velho Continente, a planta era utilizada na fabricação de vinhos. Um deles, o Mariani, criado em 1863, era o preferido do Papa Leão 13, que deu até medalha de honra ao produtor da bebida. Foi nessa mesma época que o químico alemão Albert Niemann isolou o alcalóide cloridrato de cocaína, criando assim a forma que a conhecemos hoje. Como tantos outros cientistas, ele usou o próprio corpo como cobaia: aplicou a droga na veia e sentiu a força do efeito.
Californication |
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O psicanalista Sigmund Freud investigou o uso da droga e achava que ela serviria como remédio contra a depressão, embarcando também na experiência: “O efeito consiste em uma duradoura euforia. A pessoa adquire um grande vigor”. Até que um dos pacientes, Ernst Fleischl, extrapolou e morreu de overdose, fazendo Freud abandonar a droga. Mas já foi normal laboratórios fazerem propaganda sobre a cocaína, especialmente naquela época. Dizia-se que era “excelente contra o pessimismo e o cansaço" e, para mulheres, dava “vitalidade e formosura”. Somente no começo do século 20 é que políticos puritanos começaram a lutar pela proibição da droga, com ela praticamente sumindo do país na época. Só voltaria no fim da década de 1970, quando a cocaína refinada na Bolívia e Colômbia entrou nos EUA. E, mesmo proibida, não saiu mais, assim como no mundo todo.
Feita pela mistura da pasta de cocaína com bicarbonato de sódio, o crack leva em segundos a um estado de euforia intenso que não dura mais do que 10 minutos. Assim, quem usa quer sempre repetir a dose. O nome crack vem desse efeito rápido, que surge como estalos para o usuário. O consumo deste tipo de droga explodiu no meio dos anos 1980, como alternativa barata à cocaína. Mas a droga aparecia também em festas de universitários e até de políticos, constatando que o desejo em usá-la não se restringia a falta de dinheiro. Um desses casos ficou famoso: em janeiro de 1990, o prefeito de Washington, Marion Barry, foi preso numa operação do FBI quando estava num quarto de hotel com uma antiga namorada, rastreada e grampeada pelos policiais. Assim que ele começou a usar crack, os agentes entraram no lugar e o prenderam. O político renunciou e ficou detido por 6 meses numa prisão federal.
Em São Paulo, assim como na maioria das grandes cidades, o crack hoje é a droga mais vendida em favelas e entre os moradores de rua (estes costumam até se prostituirem, principalmente as usuárias, em troca de uma pedra). “A disseminação do crack é fruto da ação do vendedor de cocaína no varejo, que produz as pedras em casa. No Rio, a estrutura do tráfico não permitia essa esperteza”, afirma Myltainho Severiano da Silva, autor de Se Liga! O Livro das Drogas. Quem vendia crack era assassinado. Mas, em crise, por causa das recorrentes apreensões de drogas pela polícia, os chefões do tráfico passaram a permitir a venda de crack no Rio, a partir do fim da década de 1990.
Homeless Guy Gets Sucked By Crackwhore
No fim do século 19, muitos desses produtos viraram, em laboratórios, drogas sintetizadas, sendo estudadas por cientistas e médicos, inclusive Freud. Mas somente no século 20 é que começaram a surgir proibições globais ao uso de entorpecentes. Primeiro, nos EUA, em 1948. Depois, em 1961, em mais de 100 países (Brasil entre eles), após uma convenção da ONU que, aliás, tentou apresentar recentemente uma proposta de descriminalização da posse e do uso de drogas, mas foi reprimida por pressão política. A instituição entende que de nada resolve a prisão de usuários e até de seus fornecedores (hoje, traficantes), ao passo que estes precisariam mesmo é de tratamento médico e assistência social.
Segundo o Relatório Mundial sobre Drogas, publicado em 2015 pelo Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), estima-se que um total de 246 milhões de pessoas, um pouco mais do que 5% da população mundial com idade entre 15 e 64 anos, tenha feito uso de drogas ilícitas em 2013. Cerca de 27 milhões fazem uso problemático de drogas, das quais quase a metade são pessoas que usam drogas injetáveis (PUDI). Estima-se que 1,65 milhão de pessoas que injetam drogas estavam vivendo com HIV em 2013. O relatório aponta também que os homens são três vezes mais propensos ao uso de maconha, cocaína e anfetamina, enquanto que as mulheres são mais propensas a usar incorretamente opióides de prescrição e tranquilizantes.
Pulp Fiction scene fucking Marsellus + Heroin Trip (Vincent Vega)
Por sua vez, o tráfico de drogas movimenta um mercado de 1,5 trilhão de dólares. Uma confirmação quantitativa e de importância político-econômica do próprio comportamento humano que, "ao longo da história, deu às drogas usos múltiplos, alimentando e espelhando a alma humana”, disse o professor da USP Henrique Carneiro, autor de Pequena Enciclopédia da História das Drogas e Bebidas.
As drogas deram origem inclusive a religiões, percorreram o planeta com o comércio, provocaram guerras (Guerra do Ópio ou Guerra Anglo-Chinesa, que foram conflitos armados ocorridos entre a Grã-Bretanha e a China, nos anos de 1839-1842 e 1856-1860), mudaram a cultura, as artes e a moda, entre as principais vertentes que movem o mundo.
O suco leitoso tirado da papoula branca é consumido há cerca de 5 mil anos no sudoeste da Ásia, em ilhas do Mediterrâneo e no Oriente Médio. Fez parte até da mitologia grega – era usado para venerar a deusa Demeter. A lenda dizia que, após ter sua filha Proserpina raptada, Demeter passou a procurá-la. Encontrou e comeu sementes de papoula, diminuindo assim a dor da perda. A imagem desta deusa então ficou ligada à papoula e rituais em sua homenagem incluíram o uso do ópio. O nome vem do grego opin, ou "suco". A chegada da civilização romana não diminuiu a sua popularidade, inclusive para fins medicinais. “O ópio era a aspirina de seu tempo. No ano 312, havia na cidade de Roma 793 estabelecimentos que o distribuíam o ópio”, afirma o escritor Escohotado, referindo-se aos chamados "salões de ópio", onde os usuários ficavam em divãs, ao lado de aparelhagens usadas para destilação da droga, semelhante a uma enfermaria.
Chemsex e o sexo químico
Sexo e drogas sempre foram uma dupla presente em todos os momentos da nossa história, às vezes como liturgia, regra, moda, cultura ou se limitando ao espaço marginal, proibido, secreto, dependendo do entendimento que cada tipo de droga e também cada fantasia sexual tem com relação às normas politicamente corretas. De qualquer forma, especialmente as drogas medicinais, feitas para tratamento de problemas de saúde (fisiológicos ou psíquicos), o médico deve ser antes consultado, sendo este capaz de prever e avisar sobre os riscos, efeitos colaterais, bem como indicar a melhor solução para cada caso.
Já o uso puramente recreativo e associado ao hedonismo, os cuidados devem ser redobrados, no sentido de evitar super dosagens, acidentes com reações indesejáveis, incluindo aí a própria morte, além do vício em depender destas drogas para viver, ou seja, para poder fazer qualquer coisa e não somente sexo. Auxílios profissionais de psicólogos, psiquiatras ou terapeutas em geral podem ser primordiais para aqueles que não possuem tanto autoconhecimento (a maioria de nós) ou que não conseguem se controlar, dependendo da situação em que estão envolvidos.
CHEMSEX - Official Trailer (2015)
Preocupados com a forte tendência em associar entorpecentes durante as práticas sexuais, especialistas britânicos estão em estado de alerta, pedindo mais ação do sistema nacional de saúde de lá, contra esta mistura de sexo e drogas ilícitas, popularmente chamada de chemsex (“sexo químico”), a prática em transar compulsivamente com drogas. O comportamento, pelo menos dos britânicos, tem sido cada vez mais preocupante, conforme mostrado em uma pesquisa que indica altos níveis da combinação entre soropositivos em Londres. De acordo com recentes levantamentos da maior clínica de sexologia do país, a 56 Dean Street, festas onde drogas são consumidas para estimular ainda mais usuários a manterem performances e frequência sexual mais elevadas estão cada vez mais comuns. E é muito recorrente também de se vê, conforme já dito, o esquecimento ou a simples opção de não usar preservativos, outra modalidade dos tempos pós-HIV, o prática sexual subversiva conhecida por bareback ("montar sem sela", sem capa, sem camisinha).
Por sua vez, o grupo de risco mais citado é o de homens gays, usando anfetaminas que os ajudam a ter numerosos parceiros por horas ou até dias. Os que têm HIV são ainda mais frequentes e 12% deles já tiveram resultado positivo também para Hepatite C, facilmente transmitida via sexo oral sem proteção. A frequência do chemsex deixa os usuários mais propensos a contraírem DSTs, e também os expõem ao vício em drogas estimulantes. Dos consultados pela 56 Dean Street, 25% nunca usaram preservativos nas relações chemsex.
Uma nova categoria de encontros marcados pelo aplicativo gay Grindr traz usuários escrevendo “H&H” (high and horny, ou “drogado e com tesão”) para chamar possíveis parceiros para a atividade. Contudo, David Stuart, diretor da área de chemsex da citada clínica, diz que o país precisa abordar a questão longe dos estigmas dos anos 1980 em relação à Aids - "O chemsex é um problema de saúde que simplesmente não pode ser deixado para ser resolvido por serviços de drogas comuns. Precisa de abordagem multidisciplinar e apoio da comunidade gay", alerta o especialista para o site O Globo.
O grupo Gay Men Fighting Aids (GMFA - “Homens gays combatendo a Aids”) lançou uma campanha este ano para chamar atenção da comunidade e das autoridades. "Tudo que reduz a capacidade das pessoas de manter segurança no sexo é preocupante. Vale também para o álcool e outras drogas. Temos outros problemas, mas o chemsex traz impacto para a saúde de muitas pessoas", avisa o grupo.
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Substâncias psicotrópicas e ilícitas, especialmente a maconha, ganham na atualidade uma onda de defesa pelos direitos civis na liberdade de expressão, "direito de ir e vir", relacionados à descriminalização do consumo e a legalização ou regulamentação do mercado das drogas. Além da secular e fracassada experiência na repressão policial e associações do tráfico de drogas com outros crimes, incluindo a corrupção, cada vez mais fica esclarecido que o uso de entorpecentes é uma questão tão somente das áreas de saúde e social, sendo um grande desfavor para a sociedade tratar a base da bala e da cela uma solução para o suposto problema chamado "drogas", inclusive um maior controle do consumo do álcool, que não é considerado ilícito - "Meus heróis morreram de overdose, meus inimigos estão no poder" (Ideologia, Cazuza).
As fragilidades e deficiências dos sistemas político, social, judiciário e prisional do Brasil, sem falar do próprio histórico de exclusão social, discriminação e negligência na educação, dão a este assunto um diferencial no mínimo mais delicado do que comparado com outros países, principalmente os de 1º Mundo, geralmente já bem mais resolvidos nas questões básicas de qualquer estado democrático.
Mas o intuito pacífico, meramente para recreação ou fins medicinais, aliado às diversas pesquisas científicas que comprovam a possibilidade de haver segurança na comercialização e consumo de drogas, assim como experiências bem sucedidas no Uruguai e outros países também dispostos a modificar suas políticas anti-drogas, faz com que pensamos que a tal proibição, tão vil para os usuários e para as vítimas do tráfico (neste caso, todos nós), possa estar com seus dias contados. Conforme citado anteriormente, a ONU já tentou por pelo menos umas cinco vezes propor um acordo entre as Nações Unidas para descriminalizar o consumo de drogas, sendo impedida de seguir com o projeto por grupos políticos contrários a ideia, talvez os mesmos agraciados pelos trilhões que o comércio ilegal gera, bem como os responsáveis por meio milhão de mortes a cada ano, considerando a maior parte por conta do tráfico e a outra, bem menor, por overdose.
E quem nunca se embriagou ou ficou meio doidão, sem saber o que fazer e, pior, teve aquela ressaca, inclusive, moral? O carnaval é prova disso - sexo, drogas e rock'n roll, ou axé, samba ou qualquer muvuca de bêbados e alegres. uma celebração ao prazer, e que seja o máximo! Contudo, vai de cada um avaliar com a própria maturidade usar ou não certas substâncias que nos tiram da realidade, haja vista que pode ser realmente um caminho ou atitude sem chance de volta ou conserto.
Vale lembrar também que transar 'medicado' não é a única maneira de obter aquela foda dos sonhos, alucinante. Aliás, nada como uma boa alimentação, suficientes horas de sono e, principalmente, total liberdade para fazer o que realmente tem vontade, "sem neurose", para ter então uma infalível e super trepada.
Cockdays
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Sempre tive essa curiosidade! Ótima matéria.
ResponderExcluirParabéns, fred! Excelente post! Muito bem pesquisado e escrito. Coisa rara hoje em dia!
ResponderExcluirhumm muito doido essa parada drogas sexo em rockn roll bom demais nunca exprimentei esses pops deve ser uma viajem ei blogueiro ja exprementasse algum desses ? como é o tesão pode me dizer ?
ResponderExcluirpop não mas já usei outras paradas . mas acredito que o tesão vai depender mesmo é da situação, sendo as drogas apenas coadjuvante
ExcluirJá usei Poppers algumas vezes e em mim teve um efeito de euforia,êxtase,prazer ilimitado!Realmente a dor de cabeça é o efeito mais recorrente, taquicardia...enfim. Pra quem se aventurar, vai com calma e moderação!
ResponderExcluirPutz a mistura de sexo e algumas drogas é coisa fascinante a combinação de sexo e êxtase do poppers deve ser foda de tesao tenho curiosidade parabéns Fred materias otimas e completas o melhor blog de sexo informação visite meu tumblr muscleclubetumblr muito cara musculoso rabudo vcs vai adorar me siga
ResponderExcluirPor enquanto, só bebi coisas que me deixaram doidao... a casa rodava a noite inteira na minha cabeça
ResponderExcluirate q enfim, soube agora do que se tratava, ótima matéria, bem pesquisada, ta de parebens!
ResponderExcluirSou totalmente contra os atores dos filmes adultos fazerem uso do poppers em cena.
ResponderExcluirQualquer um pode usar o que bem entender, ninguém tem nada haver com isso. Exceto é claro, a polícia. Mas não vamos ser hipócritas, pois não existiria o traficante se não houvesse quem comprasse as drogas que ele oferece.
Agora, qualquer produção destinada ao público, querendo ou não é formadora de opinião. Ainda mais as produções pornográficas gay, que muito influenciam os gays de todo o mundo. Pois muitas vezes, são seus principais referenciais.
Os homossexuais já possuem uma predisposição para as drogas devido as pressões imensas que têm que suportar, sendo induzidos, acabam por se tornarem usuários compulsivos. Não é a toa que o índice de suicídio entre homossexuais é altíssimo, mas sobre isso ninguém fala.
Creio que as produtoras, principalmente as internacionais, deveriam além de se preocuparem com o uso do preservativo, também banir o uso ostensivo do poppers de seus filmes. Talvez haja, é claro, um interesse financeiro envolvido nesta promoção. Mas neste caso, os grupos gays militantes deveriam se pronunciar.
Torno a repetir, faça uso da droga que você achar melhor, o problema é inteiramente seu, mas não queira induzir os outros a seguir o seu exemplo.
Os homossexuais americanos e europeus, fazem largo uso de drogas devido a um sentimento inconsciente de culpa. Fingem ser muito liberais, mas em verdade não são. Constantemente se submetem a torturas e punições através de praticas sexuais grotescas, como precisassem expiar seus pecados. As vezes esse conflito se torna tão doentio, que transforma-se em loucura.
ResponderExcluirEssa questão deve-se a uma cultura depressora, pragmática, castradora e essencialmente protestante.
Esse comentário não é apológico, fetichista pode ser mas, antes de tudo consciente. Existe um limite pessoal e particular na vida. Onde a carga de traumas emocionais afetivos vindos da infância familiar e social... que "eu antes nem imaginava ou acreditava nisso" mas existem algumas drogas que resetam sua mente daquelas lembranças onde existem tratamentos psicológicos e com sexólogos relacionado a isso mas hoje em dia essa profissão não é mais um hobbie então agente sente quando senta numa cadeira de frente com quem ajudar ou com que sabe que só ouvir e dizer o q qualquer pessoa la fora díria lhe garantirá seu salário. Aí o sexo fica mais excitante onde me sinto num canto entre quatro paredes e com a necessidade de sigilo e conforto. Um momento de liberdade de paz sem incomodar ninguém e sem ninguém incomodando fora do quarto. Existe o fetiche sexual de transar bêbado "xerado/ fumando Uma p*" mas no intuito de envolvimento sexual por quesito desse fetiche e no meu caso não me importo com a excitação dos órgãos genitais mas com a libertação de desconexão com a burocracia social psicológica de cada ser 11986271890 pra quem quiser contos de experiências nesses assuntos me disponho e .. kkkkk fantasia e tamo junto respeito sigilo e consciência do mundo real sob a reação química é fundamental pfv
ResponderExcluirConcordo muito com vc. Todas as relações com nossos desejos, paixões ou desinteresses e até fobias vão de encontro com nossas experiências desde nosso nascimento. Contudo, há profissionais, como no meu caso que sou sexcoach, geralmente não cobro por consultoria, sendo um amigo íntimo, mesmo com interesses em vender produtos eróticos. Mas se o "aluno" não quiser comprar ou não for este o caso, atendo do mesmo jeito. Qqr coisa estou à disposição! Reinaldo @foliadorei Whatsapp 31 98490-8460
Excluirque artigo completo, parabéns pelo trabalho!
ResponderExcluirComo conseguir esse produto?
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