Kanamara Matsuri (かなまら祭り) é o nome do mais famoso Festival da Fertilidade no Japão. O evento acontece sempre no primeiro domingo de abril, em Kawasaki, na província de Kanagawa, como uma espécie de carnaval de rua ou procissão, com fantasias, roupas e músicas típicas, danças, altares enfeitados... tudo para o grande astro da festa: uma escultura de um pênis gigante. Pedidos como filhos, casamentos felizes e até de bons negócios são feitos com as homenagens ao falo poderoso.
Centenas de japoneses se reúnem anualmente há mais de 40 anos para participar deste festival inusitado, que celebra como divindade o órgão sexual masculino. A atração principal do Kanamara Matsuri é a procissão do pênis gigante, carregado por mulheres e homens vestidos com roupas femininas. A escultura principal tem cerca de 2,5 metros de altura, pesando 280 quilos. O falo monumental é colocado sobre um altar e transportado nos ombros até o túmulo da Tagata Shinto, que fica no templo da deusa Takeinadane-mikoto, a deusa da fertilidade.
A celebração tem origem no Período ou Era Edo (1604 - 1868), onde as prostitutas faziam orações pedindo prosperidade nos negócios e proteção às doenças sexualmente transmissíveis (DST). Com o tempo, a devoção à 'entidade' ou divindade pênis tornou-se um evento cultural, passando a atrair também visitantes que rezavam por filhos saudáveis e harmonia no casamento.
A tradição ganhou notoriedade nos anos 1970, quando uma boate gay doou um andor com um pênis gigante cor-de-rosa, que virou o ícone do evento. A grande festa é realizada desde o século 17 e é chamada também de Festival do Falo de Aço.
O desfile começa por volta das 11 horas da manhã e termina no Templo Kawasaki Daisha. Lá, há vários totens xintoístas em forma de pênis, esculpidos em pedra, ferro e madeira. É ali que as pessoas colocam plaquinhas de agradecimentos pelos pedidos atendidos ou com desejos como ter filhos ou uma gravidez tranquila. Junto, há também uma série de atividades paralelas e eventos excêntricos (não só para nós), estendendo-se até o final da tarde.
Um destes eventos é um leilão bastante inusitado, onde nabos (Daikon) são esculpidos no formato fálico e leiloados. O comércio aproveita o tema da festa e cria uma série de souvenirs, alimentos como pirulitos, sorvetes e tudo que se possa imaginar em forma de pênis. Parte do dinheiro arrecadado é usado para ajudar nas pesquisas sobre HIV e na conscientização sobre DSTs.
No Japão, há outros festivais da fertilidade além do Kanamara Matsuri, como o Hime no Miya e o Hounen Matsuri, celebrado todos os anos durante o mês de março em duas cidades japonesas da província de Aichi. O Hime no Miya ocorre em Inuyama no dia 14, e o Hounen Matsuri, realizado em Nagoya no dia 15.
O culto ao Falo
Texto adaptado (Regina Navarro Lins)
Durante milênios, a participação do homem na procriação foi ignorada. A fertilidade era considerada característica exclusivamente da mulher. Acreditava-se que a vida pré-natal das crianças começava nas águas, nas pedras, nas árvores ou nas grutas, antes de serem introduzidas por um 'sopro no ventre' da mãe. Mas quando o homem começou a domesticar os animais, percebeu, surpreso, que para a procriação é necessário o sêmen do macho.
A partir daí houve um grande acontecimento na história da humanidade. O homem então descobriu seu papel imprescindível, num terreno onde sua potência havia sido negada há séculos. Nessa época, há mais ou menos 5 mil anos, a fertilidade era tudo, e a fertilidade humana e a dos campos estavam intimamente correlacionadas, com o homem se vendo como o fertilizador da própria terra.
O homem dizia que era seu sêmen que implantava a vida no útero da mulher, passando a considerá-la como uma mera caverna protetora. O pênis se tornou assim um objeto natural de adoração e fé religiosa (mística). Na qualidade de phallos, era reverenciado da mesma forma que o ventre feminino tinha sido anteriormente.
O fenômeno do culto fálico se espalhou por todo o mundo antigo e é representado em vários monumentos em diferentes lugares. Em alguns templos dedicados a divindades fálicas, o deus esculpido em madeira era visitado com tanta freqüência por mulheres estéreis e esperançosas, que o pênis se desgastava pelo manuseio, pelos beijos, fricções e sucções a que era submetido.
Para solucionar o problema, os sacerdotes fabricavam um falo bem comprido, que emergia de um orifício entre as coxas do deus. Quando a ponta se desgastava, eles, por trás da estátua, davam marteladas, empurrando um pouco mais pra fora.
Entre os romanos, encontramos também variados ritos de fertilidade. Nas festas da primavera, grandes representações de pênis eram carregadas ao redor dos campos a serem arados. Fertilizar os campos com o sêmen do homem também foi um costume muito difundido outrora. Contudo, a valorização (e o fascínio) do pênis ereto e de grandes proporções permanece bastante verdadeira e atual ainda nos dias de hoje.
Veja mais fotos e vídeos:
Kanamara Matsuri 2014
Festival da fertilidade Japão 2014
かなまら祭 2014 KANAMARA MATSURI
Penis Festival of JAPAN !かなまら祭り in 2014
os japoneses são loucos por sexo e nudez até crianças ficam no meio dos desnudamentos sem a menor cerimonia viva ao sexo ! boa materia
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