Comparações à parte, já que estão dizendo por aí até que ele é fruto do amor (e genialidade) entre Cazuza e Ney Matogrosso, John Donovan Maia, conhecido como Johnny Hooker (Recife, 1987), mostra em seus trabalhos, sempre à flor da pele, a própria paixão em suas performances, seja na música, no palco ou na frente de uma câmera. Cuidados com seus vídeos, figurinos e maquiagem, na criação de um personagem contestador, provocante e altamente sedutor, faz do cantor pernambucano estar entre as melhores expressões da atual música brasileira. Além de ser também ator, roteirista e diretor, Johnny confirma as associações atribuídas a sua figura e ao seu belo, premiado e apaixonado trabalho de compositor e cantor - performático, daqueles que misturam diversas linguagens artísticas em um mesmo espetáculo.
E as associações que fazem por aí não podiam ser melhores, reunindo num mesmo cenário imaginativo figuras como David Bowie, Freddie Mercury, Edy Star, Ney Matogrosso, Cazuza, Michael Jackson, Madonna, Marilyn Manson, Maria Bethânia, Caetano Veloso, Ricky Vallen, Cássia Eller e Mick Jagger - cada comparação conforme o tipo de voz, de música, ou mais conceitual, por conta do jeito performático de ser. Mas ele mesmo se define: "Uma mulher em fúria, dentro de um homem com os olhos marejados de lágrimas. É uma entidade, é uma espécie de deus do desejo que observa estas histórias de amor e conta elas, vocaliza elas através da música" - Johnny Hooker no Brasileiríssimos.
O premiado cantor participou de seis filmes, desde 2009, possui dois álbuns e três EPs, e foi agraciado em, pelo menos, sete prêmios de música, incluindo Melhor Cantor (26º Prêmio da Música Brasileira, 2015), Melhor Clipe (Festcine PE, 2014), Melhor Canção Original (Prêmio Anfitrião 2013 Volta para o filme Tatuagem, 2013).
Ex-vocalista da banda Candeias Rock City, Johnny Hooker também esteve na segunda temporada do programa Geleia do Rock, apresentado pelo músico Beto Lee, no Multishow. Em 2009, a faixa Fire! foi incluída na trilha sonora do seriado Os Descolados (MTV Brasil) e, no ano passado, Alma Sebosa foi um dos temas da novela Geração Brasil (Globo, 2014). Este ano, 2015, Amor Marginal, música feita há mais de dez anos, presente no disco de estréia Eu Vou Fazer Uma Macumba pra te Amarrar, Maldito!, foi escolhida para integrar outra trilha sonora de novela, também global, Babilônia.
O disco Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito! foi 1º lugar geral no Deezer e a 14º posição no ranking geral do iTunes - logo nos primeiros dias após a exibição da música Amor Marginal na novela Babilônia, o álbum chegou a figurar no topo da parada MPB, indo para o 11º lugar geral. O mesmo álbum foi premiado no 26º Prêmio da Música Brasileira que, além de vencer como Melhor Cantor e Melhor Canção (Sedutora), Johnny ainda cantou Lama, ao lado de Alcione, para homenagear Maria Bethânia, sendo um dos grandes destaques daquela noite (10/6/2015). Veja a lista de reprodução com músicas de Johnny Hooker:
Ser um homem feminino...
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina e menino
Sou Masculino e Feminino...
Totalmente na moda, ou melhor, em voga, a androginia dita nesta música de Pepeu Gomes está hoje presente nas passarelas e no dia a dia das pessoas, naturalmente, com a lapidação do que chamamos de democracia, além da praticidade do unissex e, talvez, diante do atual debate político sobre a inclusão e aceitação social da diversidade de gênero, dos diferentes (a convenções) estilos de vida e aparências. A própria cor lavanda, entre o magenta e o azul, um dos símbolos LGBT, traduz estes dois conceitos do que é andrógino: a mistura entre masculino e feminino em um único ser, ou uma forma de descrever algo que não é nem um nem outro. Em entrevista a Jô Soares (9/7/2015 ), o cantor e também performático Sidney Magal lembrou que, quando seu filho Rodrigo era ainda criança, costumava dizer: "Mas, pai, você está muito viado!" - ao flagrar o pai, recorrentemente, se arrumando, por longo tempo, de frente ao espelho. Magal respondia, dizendo que não se tratava de "coisa de viado" e sim, o lado feminino que todo homem teria. Ele ainda disse que isso o incomodava no início da carreira, mas, depois de "se soltar", não liga mais pra isso, compreendendo a total normalidade em haver homens mais másculos e outros mais femininos, o que não significa necessariamente estar relacionado ao tipo ou condição sexual que, a princípio, "somos todos bissexuais" - o resto são padrões culturais.
Assim como o astro e pioneiro na exaltação do sexo indefinido, Ney Matogrosso, ou, mais recentemente, dos cantores drag Conchita Wurst e Deena Love, Johnny contesta os padrões normativos de gênero, apresentando-se com figurinos e maquiagens exuberantes, e bem longe do convencional - incluindo cenas de homoafetividade, como no clipe da música Volta, de par romântico com o galã do cinema gay, o maravilhoso ator Irandhir Santos. Esta estranheza causada por artistas do tipo acaba por nos levar a colocá-lo na mesma caixa, digamos, com o rótulo 'Outros'. Ele mesmo, embora dizer que não ouviu e nem se sente parecido com Ney, compara seu visual e proeza com o tal Homem com H, 'mostrando a cara com olhos pintados', entre as masculinidades, sendo ele um homem mais da cidade do que bucólico, e mais excêntrico do que rústico.
Astro e Estrela
Unissex, multisex, muito sexy, polivalente e único, mesmo com tantas comparações que, por sua vez, só mostram que este "diferente" superficial não está tão raro assim de se ver. Em seus shows, de alto teor performático, traz um discurso subversivo, no meio de trocas de figurinos, maquiagem cênica, apologia às drogas e gente nua no palco.
Em 2011, Johnny Hooker recebeu a nomeação de revelação no Prêmio Multishow de Música Brasileira, com a critica especializada ficando plenamente de acordo. Sua estreia foi em 2009, como ator no curta-metragem Não me Deixe em Casa, do cineasta Daniel Aragão. Em 2013, participou da trilha sonora do longa Tatuagem, de Hilton Lacerda, onde o cantor faz ainda uma aparição cantando a música tema do filme, como crunner de um bar alternativo. Em 2014 Johnny foi escalado para integrar o elenco da novela Geração Brasil, sendo o músico Thales Salgado. Além de atuar, ainda fez parte da trilha sonora da novela com Alma Sebosa, tema do personagem Barata (Leandro Hassum). O clipe da música tem direção de Giovana Machline e participações de vários atores do elenco da novela das sete, como Chandelly Braz, Luis Miranda e Rodrigo Pandolfo, além das participações especiais de mais dois galãs do universo gay, Jesuíta Barbosa (Tatuagem) e Luiz Carlos Vasconcellos, e da cantora Zélia Duncan.
O mesmo clipe também ganhou o 1º lugar da categoria videoclipes no 16º Festcine, em Recife, e foi incluído em várias listas de melhores clipes do ano. O apresentador e jornalista Zeca Camargo escreveu em seu blog: "'Alma sebosa', talvez a música em português que mais ouvi este ano (e olha que só parei para escutá-la direito depois do segundo semestre), foi só a ponta do icebergue. Mas que prazer foi bater de frente nessa geleira e afundar no pop de Johnny Hooker... E a música – bem brasileira, bem moderna e bem longe dos clichês – é irresistível."
Já sua identidade visual, basta uma breve olhada nos seus registros fotográficos, além da atuação no palco, parte de seu lado ator, com figurinos-fantasia, penas, plumas, brilhos, franjas e miçangas, transparências, maquiagem e barba, para notar sua preocupação com a estética, com a simbologia das coisas, com as artes e com as forças místicas, expondo-se com retratações de seu próprio personagem, expressão ou figura artística - apaixonado, visceral e notável. Veja algumas fotos de Johnny Hooker:
Veja mais: Galeria de Fotos
Johnny Hooker
Johnny Hooker - Volta (Trilha Sonora do Filme Tatuagem)
Entrevista - Johnny Hooker
Johnny Hooker - TV Folha
O disco Eu Vou Fazer Uma Macumba Pra Te Amarrar, Maldito! foi 1º lugar geral no Deezer e a 14º posição no ranking geral do iTunes - logo nos primeiros dias após a exibição da música Amor Marginal na novela Babilônia, o álbum chegou a figurar no topo da parada MPB, indo para o 11º lugar geral. O mesmo álbum foi premiado no 26º Prêmio da Música Brasileira que, além de vencer como Melhor Cantor e Melhor Canção (Sedutora), Johnny ainda cantou Lama, ao lado de Alcione, para homenagear Maria Bethânia, sendo um dos grandes destaques daquela noite (10/6/2015). Veja a lista de reprodução com músicas de Johnny Hooker:
Playlist Johnny Hooker Canal Homem RG
Ser um homem feminino...
Não fere o meu lado masculino
Se Deus é menina e menino
Sou Masculino e Feminino...
Totalmente na moda, ou melhor, em voga, a androginia dita nesta música de Pepeu Gomes está hoje presente nas passarelas e no dia a dia das pessoas, naturalmente, com a lapidação do que chamamos de democracia, além da praticidade do unissex e, talvez, diante do atual debate político sobre a inclusão e aceitação social da diversidade de gênero, dos diferentes (a convenções) estilos de vida e aparências. A própria cor lavanda, entre o magenta e o azul, um dos símbolos LGBT, traduz estes dois conceitos do que é andrógino: a mistura entre masculino e feminino em um único ser, ou uma forma de descrever algo que não é nem um nem outro. Em entrevista a Jô Soares (9/7/2015 ), o cantor e também performático Sidney Magal lembrou que, quando seu filho Rodrigo era ainda criança, costumava dizer: "Mas, pai, você está muito viado!" - ao flagrar o pai, recorrentemente, se arrumando, por longo tempo, de frente ao espelho. Magal respondia, dizendo que não se tratava de "coisa de viado" e sim, o lado feminino que todo homem teria. Ele ainda disse que isso o incomodava no início da carreira, mas, depois de "se soltar", não liga mais pra isso, compreendendo a total normalidade em haver homens mais másculos e outros mais femininos, o que não significa necessariamente estar relacionado ao tipo ou condição sexual que, a princípio, "somos todos bissexuais" - o resto são padrões culturais.
Assim como o astro e pioneiro na exaltação do sexo indefinido, Ney Matogrosso, ou, mais recentemente, dos cantores drag Conchita Wurst e Deena Love, Johnny contesta os padrões normativos de gênero, apresentando-se com figurinos e maquiagens exuberantes, e bem longe do convencional - incluindo cenas de homoafetividade, como no clipe da música Volta, de par romântico com o galã do cinema gay, o maravilhoso ator Irandhir Santos. Esta estranheza causada por artistas do tipo acaba por nos levar a colocá-lo na mesma caixa, digamos, com o rótulo 'Outros'. Ele mesmo, embora dizer que não ouviu e nem se sente parecido com Ney, compara seu visual e proeza com o tal Homem com H, 'mostrando a cara com olhos pintados', entre as masculinidades, sendo ele um homem mais da cidade do que bucólico, e mais excêntrico do que rústico.
Astro e Estrela
Unissex, multisex, muito sexy, polivalente e único, mesmo com tantas comparações que, por sua vez, só mostram que este "diferente" superficial não está tão raro assim de se ver. Em seus shows, de alto teor performático, traz um discurso subversivo, no meio de trocas de figurinos, maquiagem cênica, apologia às drogas e gente nua no palco.
Em 2011, Johnny Hooker recebeu a nomeação de revelação no Prêmio Multishow de Música Brasileira, com a critica especializada ficando plenamente de acordo. Sua estreia foi em 2009, como ator no curta-metragem Não me Deixe em Casa, do cineasta Daniel Aragão. Em 2013, participou da trilha sonora do longa Tatuagem, de Hilton Lacerda, onde o cantor faz ainda uma aparição cantando a música tema do filme, como crunner de um bar alternativo. Em 2014 Johnny foi escalado para integrar o elenco da novela Geração Brasil, sendo o músico Thales Salgado. Além de atuar, ainda fez parte da trilha sonora da novela com Alma Sebosa, tema do personagem Barata (Leandro Hassum). O clipe da música tem direção de Giovana Machline e participações de vários atores do elenco da novela das sete, como Chandelly Braz, Luis Miranda e Rodrigo Pandolfo, além das participações especiais de mais dois galãs do universo gay, Jesuíta Barbosa (Tatuagem) e Luiz Carlos Vasconcellos, e da cantora Zélia Duncan.
O mesmo clipe também ganhou o 1º lugar da categoria videoclipes no 16º Festcine, em Recife, e foi incluído em várias listas de melhores clipes do ano. O apresentador e jornalista Zeca Camargo escreveu em seu blog: "'Alma sebosa', talvez a música em português que mais ouvi este ano (e olha que só parei para escutá-la direito depois do segundo semestre), foi só a ponta do icebergue. Mas que prazer foi bater de frente nessa geleira e afundar no pop de Johnny Hooker... E a música – bem brasileira, bem moderna e bem longe dos clichês – é irresistível."
Johnny Hooker | Show - TDM - 07/07/2012
Já sua identidade visual, basta uma breve olhada nos seus registros fotográficos, além da atuação no palco, parte de seu lado ator, com figurinos-fantasia, penas, plumas, brilhos, franjas e miçangas, transparências, maquiagem e barba, para notar sua preocupação com a estética, com a simbologia das coisas, com as artes e com as forças místicas, expondo-se com retratações de seu próprio personagem, expressão ou figura artística - apaixonado, visceral e notável. Veja algumas fotos de Johnny Hooker:
Veja mais: Galeria de Fotos
Johnny Hooker
Eu o vi no altas horas e não gostei do que vi. Chama mais atenção pelas roupas bem bregas. Não canta nadinha. Ney além de excelente produção canta divinamente.
ResponderExcluirEsse Johnny Hooker é fodástico Adoro suas músicas e performances. Um show! Sucesso seu lindo!
ResponderExcluir