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19 de mar. de 2019

Qual a diferença entre Fetiche e Fantasia Sexual?

Objetos de desejo

Parafraseando Descartes e, de quebra, até o Iluminismo, com a icônica frase "Penso, logo existo", as parafilias, ditas como desvios sexuais ou atos de prazer sexual que não visa a cópula, a penetração tradicional "papai-mamãe", nada mais são que parte da nossa razão humana.

Sim! Fantasias sexuais e fetiches são naturais, individuais e inegáveis na nossa existência.

Com a capacidade de pensar, sonhar, imaginar que temos, há de se esperar que, na nossa intimidade (o que move as pessoas e o mundo), dedicamos muito dos nossos pensamentos em favor dos próprios desejos, logo, fantasias e fetiches.




Fotos:  Fetiche (Kauê Penhavel)
 
 
Mas, qual a diferença entre fetiche e fantasia sexual?

Definições:

FETICHE
Objeto a que se atribui poder sobrenatural ou mágico e se presta culto. Objeto inanimado ou parte do corpo considerada como possuidora de qualidades mágicas ou eróticas.

FANTASIA SEXUAL
Ou fantasia erótica é um desejo latente acerca de um ambiente sexual ou situação sexual que possa aumentar a sensação de prazer na hora do ato sexual.



Bom, vimos palavras-chaves para entender e distinguir cada coisa, embora haja controvérsias, se considerarmos o ambiente, a situação que causa desejo sexual como também um objeto de desejo. Este, por sua vez, pode ser um objeto palpável, uma cueca, uma venda nos olhos, amarras, algemas, pés ou situações como transar no elevador ou fazer pagação no banheirão, na rua deserta, nas costas do corno.




Contudo, no modo clássico, consideramos Fetiche o apego aos objetos como vestuário, acessórios e partes do corpo, podendo alcançar satisfação sexual com esses objetos. Já a Fantasia Sexual seria mais focada na situação, inclusive o local inusitado ou público que se encontra, com quem e qual sua "patente".

 
Se podemos exemplificar num mesmo objeto:

Fetiche por farda militar
Fantasia sexual em transar com um militar

Fetiche por poder
Fantasia sexual em transar com meu patrão ou subalterno


Felizmente, cada vez mais aumentamos nossa liberdade e interação para falar disso, seja fetiche ou fantasia sexual, e sem limitar algo tão humano e natural a "desvios" ou fora do convencional, sendo esta última em extinção, ao entendermos que não há padrão certo, quando o assunto é intimidade e sexualidade.

Basta prestar atenção nos próprios desejos, antes de qualquer comparação com outros, menos ainda antes de qualquer julgamento moral, assumindo ou não como parte de si, capaz de oferecer melhor qualidade de vida e satisfação pessoal e sexual, no exercício de autoconhecimento.




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