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7 de dez. de 2013

Arte: Stanley Stellar

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Retratos artísticos de homens, destacando a beleza do universo gay masculino. São as fotografias de Stanley Stellar (1945), com pormenores de identificação imediata ao público que gosta de arte e, principalmente, de homem!

Feitas em externas ou estúdio, são imagens de liberdade, libertinagem e, ao mesmo tempo, de algo próximo do secreto, no sentido de intimidade.

Nu masculino, beijo gay, objeto de desejo... ou apenas um retrato de verdade, são alguns dos temas centrais de Stellar. Semelhante aos calendários de mulher pelada em borracharia ou oficina mecânica, são verdadeiras pin-ups com sofisticado homoerotismo. As imagens retratam com total sensualidade o imaginário homossexual, do clássico bigode, cuecas e outras características sui generis, até detalhes mais sutis, seja nas poses dos modelos e, ou no que destaca o fotógrafo.

Nascido no Brooklyn (NY, EUA), Stanley Stellar estudou na Parsons School of Design, onde se especializou em design gráfico e fotografia. Sua carreira profissional inclui vários livros de desenho, trabalhos de design para editoriais, bem como a participação na direção artística em diversas revistas e editoras.

Para ele, a única coisa que importa é a beleza do homem, mas não no sentido convencional, como destacou seu curador Peter Weiermair no Leslie + Lohman Museum of Gay and Lesbian Art. Pela suas fotografias, percebemos que esta beleza masculina tem a força dos nossos impulsos e instintos sexuais. Ou aquilo que nos excita através, primeiramente, da nossa visão - característica muito atrelada aos homens, que ficam tarados só de ver, querendo logo pegar.

Em geral, são fotografias que, em um primeiro momento, parecem singelas e, vendo melhor, revelam um sentimento íntimo e até pornográfico, apenas nos detalhes, na pose do retratado e, ou em relação a fantasias eróticas, principalmente as  reforçadas com o clima do lugar em que foi feita a foto - uma espécie de registro da alma do modelo ou dos fetiches destacados pelo fotógrafo. Estes homens compartilham a nudez com o outro, mesmo não autorizados a ver uns aos outros nus. A publicação da série A Beleza de Todos os Homens comenta sobre isso.

Stellar começou a exibir suas fotografias em 1976, tiradas com uma Nikon, de homens anônimos ou com o nome no título da foto, das ruas de Nova York, que se dispuseram posar para o artista. Seu primeiro livro de fotografias, Stellar Men, publicado em 1992, ganhou posteriormente uma merecida monografia, The Stellar Men - Hermetic Philosophy, Book Two, de John Baines (NY, 2002).

Veja mais:
Fotografias de Stanley Stellar

















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