28 de fev. de 2013

O homem que vive pelado

Vovô Peladão

Conheça o homem que fica o tempo todo pelado e em público. Ele vive em Cedral no interior do Maranhão, cidade com 12 mil habitantes, uns contra e outros a favor do Sr. Manelis que fica o tempo todo nu. O português já tinha o costume de viver sem roupas em Portugal, e quando chegou em Cedral, um delegado até tentou prendê-lo por desacato ao pudor. Com o tempo, as pessoas passaram a tolerar a vontade estranha daquele pai de família, vivendo da pesca e das coisas que encontra andando pelado na roça. Além disso ele prefere subir uma corda pra entrar em casa, ao invés de escadas.

Veja o vídeo do programa Tudo a Ver (24/08/2012) sobre o homem que vive pelado:

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27 de fev. de 2013

Felix D'Eon

Romance masculino

As ilustrações são conhecidas como uma maneira de representar as coisas que são ditas e, principalmente escritas, exemplificando o texto através de desenhos, fotografias, objetos ou qualquer imagem  representativa. Seja nos formatos figurativo ou abstrato, o que estas imagens fazem é contar uma história, mesmo que esta seja bem simples e rápida. É como se tivesse uma legenda oculta em cada figura, capaz de 'dizer' ou  complementar o texto.
Foto: desenho de Felix d'Eon

A famosa tela O Beijo/ The Kiss de Klimt
Na Fine Art, ou na alta Artes Plásticas, artistas como Gustav Klimt, ou popularmente conhecido apenas como Klimt, usava a arte de representar pequenas histórias, "O Beijo", porém com infinitos desdobramentos cognitivos. O mesmo acontece com aquela pequena historinha ali contada - é só um beijo, mas acontecendo milhares de outras coisas relacionadas: sentimentos, motivações, proposições de início, meio e fim... Outros exemplo de ilustrações que dispensam legendas ou balõezinhos, são encontradas na Arte Erótica, como fez o desenhista Tom of Finland, com seus exageros homoeróticos, ou Jeff Koons, trazendo as cores, ritmos e formas da pornografia, mesmo em obras estáticas.

Além destes, são muitos os que direcionam o foco do trabalho para as representações de relacionamentos passionais, e alguns se especializam na figuração masculina e homoafetiva. Felix d'Eon é um destes artistas, sendo o tema desta postagem. Seus desenhos e até sua vida pessoal, revelam um ambiente quase sem nenhum espaço para as mulheres, fazendo-nos acreditar que o mundo é mesmo só dos homens.


Felix d'Eon.
D'Eon

Felix d'Eon nasceu em Guadalajara, no México, em 21 de março de 1980, sendo sua mãe mexicana e o pai francês. Ainda criança, Felix mudou-se com sua família para o sul da Califórnia, demonstrando, desde cedo, aptidão para as artes. Começou estudando o desenho representando seus colegas durante a High School. Aos 15 anos, foi matriculado pela mãe em um curso de desenho, mas, pouco tempo depois, Felix e seu irmão fugiram de casa e ficaram por quase um ano vivendo numa praia mexicana.

Em seguida, foram morar na Cidade do México, desenhando retratos nas calçadas e, ocasionalmente, fazendo programas. Ao voltar para a escola e concluir o ensino médio, D'Eon foi morar em São Francisco (EUA), onde se formou na Academy of Art University. Sempre muito interessado pelas coisas do mundo,  o artista passou verões e semestres inteiros, matando aula ou trancando matrícula, em várias cidades ao redor do planeta, como em Nova Orleans, onde os irmãos foram strippers no The Corner Pocket. Em Nova York, foram até 'recheio de bolo erótico' (a surpresinha da festa). Foi garoto de programa em Milão, esteve no Tennessi e em Buenos Aires. Sua sede fica em São Francisco, onde mora atualmente.

Traços do Art Noveau e do Grafismo no desenho de d'Eon.
Separei alguns desenhos de Felix d'Eon da série Historical, com representações usando a estética das ilustrações da década de 20 - Art Noveau, e da soma de elementos visuais do universo Vintage. Estes desenhos trazem também a representação do que entendemos por 'gráfico' (de gráfica, offset ou gravuras), em cartões semelhantes a figurinhas de álbum antigo, ou de cartas de baralho ou tarô. A temática é sempre provinda do imaginário homoerótico, com figuras masculinas se beijando, abraçando, transando... porém de forma leve e romântica, usando tons mais claros, e criando imagens limpas e bem-humoradas. Um erotismo singelo, diferente das próprias imagens que o artista usa como referência (revistas de homem pelado), mais propriamente eróticas e pornográficas.   Fred G.

Petite Galerie
Clique nas fotos para ampliar:















Veja mais:
Peter Berlin, Sedução Exibicionista
Site Felix D'Eon
Ilusão de Ótica Erótica
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26 de fev. de 2013

Ilusão de Ótica Erótica

É isso mesmo que estou vendo?

O termo ilusão de ótica aplica-se a todas ilusões que 'enganam' o sistema visual humano, fazendo-nos ver qualquer coisa que não está presente ou fazendo-nos vê-la de um modo errôneo. Algumas são de carácter fisiológico, mas a maioria das ilusões construídas são de carácter cognitivo.

Elas podem ser criadas especificamente em forma de truque, demonstrando certas hipóteses sobre o funcionamento do sistema visual humano. Esta técnica é largamente utilizadas nas artes, como nas obras gráficas de M. C. Escher, ou em jogos, com livros grossos e ilustrados, com várias imagens de duplo ou múltiplo sentido. Nos colégios e escolas, estes livros fazem o maior sucesso, com todo mundo tentando desvendar ou enxergar algo 'sobrenatural'.

Op Art.
Arte Ótica

O movimento artístico dos anos 50, a Op Art, ou Optical Art, ou Arte Ótica, já trazia imagens abstratas, geométricas ou figurativas, explorando este risco de falha natural ao enxergarmos as coisas, utilizando-se de ilusões óticas.

A razão da Op Art é a representação do movimento através da pintura apenas com a utilização de elementos gráficos - retratavam geralmente o abstrato. A alteração das cidades modernas e o sofrimento do homem com a alteração constante em seus ritmos de vida, foram alguns dos conceitos desta arte. A vida rápida das cidades contribuiu para a percepção do movimento, como elemento constituinte da cultura visual do artista e das pessoas. A evolução da ciência também está presente em praticamente todos os trabalhos, baseando-se principalmente nos estudos psicológicos sobre a vida moderna e da Física sobre a Óptica.



Tente dizer as cores do texto e não o que está escrito:


Resposta: Vermelho, Azul, Amarelo, Verde, Cinza, Verde, Azul, Cinza, Marrom, Vermelho, Amarelo, Azul.

Conseguiu? Provavelmente, não. Mas valeu a tentativa... É que a nossa percepção das coisas é, em grande parte, auto-produzida. Os estímulos visuais não são estáveis. Podem mudar com a iluminação, e o cérebro atribuiu uma cor constante ou, no caso das letras e palavras, valerá mais para o letrado, o que está escrito.


Desenho de ilusão de ótica: homem ou cavalo.
Uma mão ao gesticular-se, por exemplo, produz uma imagem indefinida e, no entanto, o cérebro classifica-a consistentemente como uma mão. Além da luz e movimento, o tamanho da imagem de um objecto na retina varia com a sua distância, mas o cérebro consegue perceber qual é o seu verdadeiro tamanho. A tarefa do cérebro é extrair as características constantes e invariáveis dos objetos, a partir da inundação de informações,  sempre mutáveis, que recebe.

O cérebro pode também deduzir a distância relativa entre dois objetos quando há sobreposição entre eles, interposição ou oclusão. E pode deduzir a forma de um objecto a partir das sombras (novamente, iluminação ou luz). Mas pra tudo isso acontecer, é necessário uma aprendizagem da perspectiva linear. E aprendemos constantemente, desde quando abrimos os olhos pela primeira vez. Mas, quando o cálculo dessas deduções celebrais dão errado, surgem então as ilusões de ótica, ou golpe de vista ou visão. Lembra do clichê de esfregar os olhos para certificar-se do que está vendo? Ou cerrar os olhos para enxergar melhor? É bem isso.


Posições sexuais com brinquedos.
Mente suja

Algumas situações ocasionam naturalmente uma ilusão de ótica, mas podem nos fazer acreditar, que temos mesmo a mente suja. Mas, outras são previamente arquitetadas, no intuito de oferecer outras ilusões daquilo que seria real. Um exemplo bem masculino, é a tentativa de fraudar o tamanho do pênis, colocando uma meia na cueca para aumentar o volume... Ou tirar foto do pau por baixo... É ilusão de ótica. Ou, ainda, o que entendemos por 'bom corte de roupa', principalmente calças, que podem valorizar mais as pernas, bunda ou o pacote, dependendo do corte, das costuras, de onde ficam os bolsos, da cor ou tecido... Roupas íntimas da cor da pele ou tapa-sexos, também causam a impressão de estar vendo alguém pelado, assim como as camisas e calças justas (leggings) da cor cáqui ao marrom.


Veja algumas imagens com Ilusão de Ótica, onde o foco principal são as brincadeiras com o órgão genital masculino, ou formas da figura masculina (clique na foto para ampliar):










Pintura no chão.



Falsa piscina (teto).


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25 de fev. de 2013

Cuecas

Moda Íntima Masculina

Desde o tempo que era chamada de roupa branca, a peça íntima faz parte do vestuário das pessoas, muito antes de existir a chamada moda íntima. Para os homens, mesmo após a era industrial, as cuecas continuaram a ser projetadas para a função de apoio aos órgãos sexuais, protegendo-os da costura das roupas, ou para não ficarem balançando solto ao caminhar.
Foto: LMFAO dançando de cueca em vídeo clipe.


Assim, a maioria dos tipos atuais de cuecas segue as primeiras modelagens, com uma costura ou bolsa mais reforçada na região da virilha, desenhada para acomodar a genitália masculina, já que os homens possuem seus órgãos externos em comparação com as mulheres ou meninas, exigindo mais tecido nesta região. Outras possuem abertura frontal (ou, anatomicamente, do ladinho esquerdo), para usar na hora de urinar, sem precisar abaixar a cueca e as calças - é só colocar pra fora da braguilha.

Moda da cueca aparecendo.
Durante todos estes anos, mesmo antes do período industrial, a moda íntima sempre teve lugar para as cuecas, com criações que vão do prático e utilitário, ao meramente recreativo, erótico ou alegórico, mesmo ficando por baixo das roupas, escondidas. Por outro lado, a atenção para esta peça, trouxe também a moda atual, onde rapazes usam as calças abaixo da bunda, para mostrar a cueca. Alguns abaixam tanto a calça, que andam completamente com a bunda de fora. Esta tendência nasceu nas prisões dos EUA. Os detentos que estavam receptivos a relações sexuais com outros homens tiveram que inventar um sinal que passasse despercebido aos carcereiros, e assim não sofrerem consequências desagradáveis. Uma pinta gay. E essa moda saiu das prisões e ganhou as ruas, com adeptos em diferentes tribos: gays, boys, skatistas, rappers, DJs... Ganhou sentido mais estético, com combinações de jeans e samba-canção xadrez, por exemplo. Um estilo de se vestir, exclusivo dos homens, haja vista que, se for mulher andando por aí com a calcinha aparecendo... ninguém entenderia como somente moda, e acabariam por apontá-la como periguete.

A palavra greco-latina cueca deriva de 'cu', com origem no latim vulgar 'culus', que significa ânus. E de 'eca' do grego 'eco', que significa casa. O plural gerou a palavra 'calcinha' (diminutivo de calça ou peça íntima feminina), para Portugal, Brasil e Moçambique.


A Roupa Branca
História da Cueca

Segundo os historiadores e paleontologistas, as primeiras cuecas, ou roupa com a função de proteger o ânus, saco e pênis, são datadas do tempo dos homens das cavernas. Era um longo pedaço de linho moldado como um triângulo com tiras nas pontas. Ele era amarrado ao redor dos quadris e laçados por entre as pernas. Depois, tiras do mesmo linho eram amarradas novamente nos quadris. No século XII, com o desenvolvimento das armaduras de platina, as faixas de linho que eram usadas como proteção contra o metal áspero começaram a ser usadas também pelos cavaleiros. Desde então, estes tecidos são considerados os reais antecedentes da roupa íntima masculina.

Mais tarde, as cuecas ou ceroulas, freqüentemente amarradas abaixo dos joelhos com fitas ou alfinetes, foram ficando mais curtas e passaram a ser também costuradas. Elas eram chamadas de roupa branca ou roupa de baixo. As roupas dos homens do século XVI eram feitas de seda, tafetá e outros tecidos nobres, enquanto suas roupas íntimas eram feitas de linho, pois era o único tecido lavável. Na década de 1830, as roupas íntimas masculinas feitas de flanela e algodão se tornaram comuns e muito usadas. Muitas eram ceroulas com botões nas fendas para urinar ou atrás, na bunda, igual nos filmes do Pateta da Disney - um macacão abotoado no peito, e nas aberturas na frente e no traseiro. Algumas eram conjuntos com camisetas de algodão justa no corpo, com botões para prender suspensórios.

Após a Revolução Francesa, a aristocracia inglesa tornou-se o modelo da moda masculina. O que se usava eram roupas confortáveis e casuais. Com exceção de ocasiões formais, os calções deram lugar às calças mais justas, acompanhadas de botas. Em 1895, o catálogo das lojas Montegomery Ward já oferecia roupas íntimas masculinas feitas de algodão e flanela, mas divididas em duas peças, nas cores cinza e o bem popular, na época, vermelho. Depois, em 1908 as lojas Sears lançaram catálogos oferecendo corseletes masculinos para militares.

Os shorts íntimos foram as novidades que chegaram com o século XX. As cuecas passaram a ser fabricadas com tecidos e elásticos e se tornaram mais confortáveis. Ao contrário da roupa íntima feminina, que tem um aspecto mais sexy, o princípio da roupa íntima masculina é o conforto e a simplicidade, motivo pelo qual os shorts chamados  de samba-canção se tornaram muito comuns até a década de 1980.

A partir de então, a roupa íntima masculina vem passando por várias transformações, nas formas, nos tecidos e também na sua utilidade. Além do tradicional Slip, a cuequinha tipo tanga, veio o calção de malha, de seda, de cetim, e todas as formas de produtos derivadas do esporte, como os modelos ciclista, Boxer, shorts e tapa-sexo. Além das fibras e formatos, a nova lingerie masculina tem agora corte estudado, com costuras invisíveis para não machucar nem marcar... podendo ser até uma peça de design.


Apresentação das tendências na moda íntima masculina no Mais Você.
Tipos de cuecas

Nos dias de hoje, com a sofisticação dos tecidos e modelos de cuecas disponíveis no mercado, temos uma vasta opção, seja para atender uma necessidade cultural, íntima ou sexual. Para o dia a dia, os especialistas recomendam as peças de 100% algodão, ou de outras fibras naturais como o bambu, que tem propriedades desodorizantes e antibacterianas.

Para outras finalidades, além do utilitário, as opções ainda são maiores, com cuecas para todos os tipos e gostos (tem cueca comestível também!). Além do algodão, há uma infinidade de materiais que são usados para a confecção das cuecas modernas e tecnológicas de hoje. Veja os tipos de tecidos mais usados:
  • Algodão orgânico - feito de algodão cultivado sem processos químicos, e diminui o risco de possíveis alergias;
  • Fibra de Bambu - esta fibra é mais absorvente que a de algodão, e tem a vantagem de não formar bolinhas no tecido após as lavagens;
  • Pima Cotton - feito de um algodão peruano que promete ter melhor qualidade, ser mais macio e confortável;
  • Microfibra - tecido que seca com facilidade, evitando que a pele fique úmida, diminuindo o risco de proliferação de fungos e alergias.
A preferência nacional, ou internacional, parece ser pelas clássicas cuecas brancas, seja ela slip, boxer ou samba-canção. Disse internacional como suposição, já que não sei de pesquisa com essa abrangência. Mas é o que se vê em todos os lugares,parece universal, , a roupa íntima, eterna 'roupa branca'. Principalmente na era do 'ambiente limpo e bem cuidado', as cuecas brancas ou de tons bem claros, dão um ar de limpeza e higiene. Mas em se tratando de moda... as cuecas coloridas e estampadas, são igualmente apreciadas pelos homens.

Neymar de cueca Boxer.
Cuecas Boxer

Boxer ou cueca boxer é um modelo de roupa íntima masculina (hoje também tem modelos femininos). Estende-se sobre as pernas como a samba-canção (boxer shorts), mas é mais justa no corpo, como a cueca Slip, da qual se difere, essencialmente, por reduzir a pressão feita pelo elástico na zona da virilha. Muitas boxers têm uma abertura para facilitar na hora de urinar, sem ter que desabotoar as calças.

As boxers foram criadas nos Estados Unidos a partir da censura sobre os materiais usados na TV norte-americana. Na década de 1970, decidiu-se que mostrar uma pessoa de cuecas era 'indecente', e um estilista 'reinventou' então o moderno boxer-short (cueca samba canção). Juntou-se a ideia das novas ceroulas, mais justas no corpo, a Slip, e o comprimento das samba-canção, mais comportado.

A Boxer Long Leg é uma variação deste modelo que chega até acima do joelho. Parece bermuda de ciclista. Já o Sungão, criado na década de 2010, é um meio-termo entre o boxer e o slip - um micro shorte, semelhante ao sungão mesmo, com as laterais mais largas, porém curta nas pernas.

Boxer Sungão é geralmente fabricada em cotton, lycra ou microfibra. Os materiais mais utilizados em cuecas Boxer são:  nylon, lycra e algodão, podendo ser mais apertadas no corpo ou um pouco mais folgadas.

As Boxers possuem um elástico na cintura, enquanto as seções das pernas podem ser mais soltas ou justas, dependendo do gosto do usuário (algumas tem elástico nas pernas, e outras são semelhantes a bermudas ou shorts soltos). A cintura ou cós das cuecas boxer normalmente é maior do que das cuecas slip. Com a moda da cueca de fora, este elástico é o que mais aparece nas ruas, por fora das calças dos adeptos. Muitos modelos ganham elásticos especiais, visando os homens que gostam de deixá-los aparecendo, virando assim uma questão de estilo.


Cuecas  Slip (Briefs)

A cueca 'normal', ou tradicional, popular cuequinha, varia pouca na forma, alterando normalmente apenas o tamanho das tiras laterais. O tecido mais usado é o algodão. A Slip é o tipo de cueca mais comum, normalmente servindo perfeitamente ao usuário, sem ser muito larga ou muito colada ao corpo. As seções das pernas geralmente terminam na região da virilha.

Lembra da 'cueca de listinha', vendida à baciada e usada por todos os homens do planeta? É esta mesmo, conhecida também como cuequinha de criança. Uma cueca semelhante a uma tanga, algumas com abertura lateral para urinar. (Lembrei que na minha infância, adorava ver aquelas revistas de bugigangas (Hermes), só pra folhear a seção de roupas íntimas, com aqueles modelos de cuecas, mostrando os pelinhos e o volume entre as pernas...).


Fio-dental e Tapa-Sexo

Um tipo de cueca que não caiu bem no gosto brasileiro, mas faz sucesso nos EUA, Europa e Japão. Parecidas com as do tipo Slip, porém com a parte de trás feita para ficar entre as nádegas - enfiada na bunda. O jockstrap, um protetor de testículos para esportistas, muito comum entre os jogadores de futebol americano, pode entrar nesta classificação, mas com a diferença de que as presilhas dele fica nas pernas e não há um pano na parte traseira da cueca, ficando assim a bunda também de fora. Daí o nome tapa-sexo, por tampar apenas o órgão sexual, deixando todo o resto a mostra.

O uso de fio-dental no Brasil é mais atribuído à exposição sexual das mulheres e, por isso, o seu uso ainda não é popular entre os homens brasileiros. Como se fosse uma peça íntima feminina - uma calcinha (o fio-dental feminino fez muito sucesso na década de 80). Embora ser mais comum ver uma mulher com o biquíni ou calcinha enfiada na bunda, os homens começaram a apreciar a ideia, sem ser, necessariamente, gays. Seu uso promete proporcionar maior conforto, leveza e maior liberdade de movimento (se são as cuecas utilizadas por atletas...). E muitas marcas famosas produzem esse tipo de cueca, entre elas Calvin Klein, Mash, Puma e Nike.


Cueca samba-canção estampada com motivos do Vasco.
Cuecas samba-canção

Cueca samba-canção ou ceroula é uma cueca semelhante a um short ou bermuda, usada por homens também como peça íntima. Atualmente, o uso de longas ceroulas está em desuso, mas, a versão boxer ou shortinho, mais curto, é muito popular.

Fabricadas com materiais suaves e confortáveis, incluindo os tradicionais seda e algodão, a grande maioria das cuecas samba canção é estampada com figuras, desenhos, algumas com temáticas engraçadas, como marcas de beijo. As mais tradicionais desse tipo são as brancas de algodão, e as de estampa xadrez, sem falar das clássicas de seda ou cetim.

O nome curioso surgiu porque, com a chegada das slips, as cuecas shorts passaram a ser consideradas algo fora de moda, assim como o Samba-Canção, um estilo popular de música que teve o seu auge na década de 1940 e depois decaiu (na mesma época que caía também a preferência pela cueca calção). No Brasil e em países quentes, a moda da cueca samba-canção costuma ser aplicada como short ou bermuda, para dormir ou para ficar em casa. Mas usá-la como cueca, é mais comum nos países mais frios, como nos EUA, por exemplo, geralmente por debaixo de calças com tecido mais grosso.

As cuecas samba-canção também não são indicadas para usar com calças justas. Porém, muitas marcas estão apostando novamente nos shortinhos, seja ela boxer ou uma samba-canção bem ajustada no corpo, igual aos shortinhos dos anos 80.


Fundoshi sendo usado no Matsuri.
Fundoshi

O fundoshi é a correspondente japonesa da cueca.  Durante séculos ele vem sendo usado em lutas de sumô, como traje de banho e no Matsuri (uma espécie de Carnaval realizado no verão em todo o arquipélago japonês, com foliões quase pelados saindo em multidões pelas ruas). Este tipo de peça íntima parece ser o mais próximo aos usados por nossos primórdios, assim como faziam e fazem também os índios. Um primeiro comportamento, com gestual primitivo, em se vestir.

Veja também: Festival de peladões (Hadaka Matsuri 2013 Japan's Naked Festival).

Fundoshi seria o que hoje chamamos de tapa-sexo ou cueca fio-dental. Consiste em uma corda ou cordão para amarrar na cintura, com uma pedaço de tecido que passa entre as nádegas, cobrindo os genitais e se prendendo na pélvis (veja o desenho).

Existem vários tipos de fundoshi, sendo três os principais: rokushaku, echuu e mokko. Depois dos anos 80, este tipo de peça caiu em desuso com a globalização e influência norte-americana sobre a cultura japonesa. Porém, é relembrada na preferência dos orientais pelas cuecas do tipo fio-dental ou tapa-sexo - uma aceitação cultural.


Ceroulas masculinas

As ceroulas masculinas modernas são como uma segunda pele, ou meia-calça, porém com 'tecido de cueca', ajustadas no corpo. É como se fosse uma cueca Boxer em cima, com as pernas indo até os tornozelos, feito uma calça. Tem modelos com ou sem elástico na cintura, nos punhos, com pedal (semelhante às calças legging), com abertura frontal, de malha de algodão ou Lycra.

Embora pareça coisa antiga, é possível encontrar ceroulas nas lojas Hering, que vendem este tipo de cueca, principalmente para quem vive em lugares frios, como no sul do país. Uma ceroula dessas é ideal para usar por debaixo da calça jeans no inverno, assim como muitos usam moletom ou meia-calça feminina para se esquentar (veja a foto).   Fred G.







Veja mais fotos de homens de cueca:


























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